19 de abril de 2024
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Secretário Edil Albuquerque detalha novos projetos da Sedesc e faz um balanço dos avanços da secreta

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A Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e Agronegócio) é responsável por ações e projetos que visam desenvolver a economia da Capital por meio de programas de incentivo e suporte às empresas instaladas na Capital assim como oferecer suporte para a agricultura familiar e para o turismo. A entrevista desta semana é com o novo titula da Sedesc, vereador licenciado Edil Albuquerque, que assumiu o comando da secretaria no dia 13 de março de 2014. Durante a entrevista Edil enumerou as principais atividades desenvolvidas pela secretaria e anunciou novos projetos para o segundo semestre deste ano. Por Heloísa Lazarini MS Notícias: Qual é o foco de atuação da Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e Agronegócio)? Secretário Edil Albuquerque – Primeiro eu gostaria de agradecer a atenção do MS Notícias com relação a uma pasta tão importante, que certamente está mudando Mato Grosso do Sul e não só Campo Grande, mas claro que nosso foco é Campo Grande, que exige atenção no emprego e renda. Eu gosto de destacar que eu com 64 anos desafio aquelas pessoas sul mato-grossense com a idade que eu tenho e não puderam ter formação universitária aqui, não por deficiência das universidades, e viram nossos filhos irem embora. O motivo é que nossa história vem da pecuária e ela continuou na pecuária que, aqui, é com certeza a capital da pecuária brasileira, que gera todo esse recurso para o Estado e aconteceu que não tínhamos empregos, nossos filhos tinham que ir embora para estudar e trabalhar fora. Eu foquei muito no emprego e renda e estou em uma secretaria que tenho muito prazer de trabalhar de fazer interlocução com a classe empresarial, que traz novas tecnologias como fábrica de tabletes que qualifica muito nossa cidade, como as rodovias que estão sendo pedagiadas. Aliás, vou dar de primeira mão para vocês, a central de inteligência da CCR-MS Via vai ser implantada em polo nossos que margeia BR-163 e serão 250 novos empregos onde serão monitorados todos os locais de atuação da CCR. MS Notícias: Quais são as ações e programas adotados pela Sedesc para aumentar a geração de empregos em Campo Grande, em especial, para os jovens que buscam ingressar no mercado de trabalho? Secretário Edil Albuquerque – Essa é uma fala específica para as mães para família. Temos a Funsat (Fundação Social do Trabalho) que faz o complemento de nossa secretaria qualificando a mão de obra, e a Fiems que também qualifica culminando com as universidades que estão preparando as pessoas para fábrica de tablets, por exemplo, ou a central de monitoramento. Nossa preocupação é diversificar dar o campo de trabalho para nossos filhos para que as famílias tenham condições de escolher o seu segmento. E não é só o fim específico da tecnologia. Em todo ramo hoje temos indústrias que empregos, aqui em Campo Grande temos indústrias que empregam 800 mulheres, e a mulher hoje tem um fator preponderante, pois hoje ela tem liberdade de trabalhar, mas em casa tem que somar renda do marido, se é solteira tem que sobreviver e criar seu filho. O mundo hoje e Mato Grosso do Sul não poderia ser diferente, você entra nessa era de preocupação com a formação e é onde entra a Funsat, por exemplo, para fazer este trabalho de complemento, de capacitar a mão de obra, da captação que nós fazemos das indústrias. MS Notícias: Quais os principais benefícios que a criação da Cidade do Ônibus irá trazer para Campo Grande? Secretário Edil Albuquerque – Antes de falar da Cidade do Ônibus, gostaria de explicar que a prefeitura tem uma interlocução muito forte com a classe empresarial. O caso do empresário Fernando Garcia, por exemplo, ele loteou três mil lotes à esquerda da região das Moreninhas entre a Moreninha e a BR-163, onde fica Cidade do Ônibus. Quando o empresário vem para investir no ramo imobiliário ou na comercialização de imóveis e terrenos em uma região desprovida de atenção pública, isso requer interlocução empresarial, é o que chamamos de urbanização negociada. Então você sempre pede alguma coisa a mais para o poder publico e em contrapartida aprovamos o projeto. Quer seja acesso asfaltado, uma escola, um Ceinf, uma praça. Todo equipamento público que a gente possa negociar, nós negociamos em troca da aprovação de projetos. Não adianta você pedir só os 20%, do que manda a lei, do terreno, então você impõe determinadas regras. Uma das regras que foi imposta desse loteamento foi a destinação de 52 hectares onde está hoje a Cidade do Ônibus, onde devem se instalar 19 empresas. Campo Grande hoje tem 600 ônibus dirigindo da garagem para rodoviária. Então, são 600 ônibus indo vazios e voltando vazios e dispostos em vários pontos da cidade. Ali na 13 de maio, por exemplo, tem empresa de ônibus, tem outra no Jardim Paulista, outra no Nova Lima, outra no Centro. Esse problema impacta o entrono porque toda garagem de ônibus tem posto tem funcionário, todo funcionário tem meio de locomoção quer seja transporte coletivo ou carro ou moto e fica tudo no entorno da garagem, que três, quatro horas da manhã começa a funcionar, o que gera um impacto de vizinhança muito grande, por isso criamos essa cidade de 52 hectares que vamos utilizar para vários segmentos. Um novo segmento é o da CCR. A central de monitoramento irá gerar emprego para 250 pessoas. A cidade do Ônibus é uma das maiores modernidade que já vimos. Nela terão bancos, lavatórios, refeitórios, condomínio fechado onde terá uma administração, sem contar o direcionamento direto à rodoviária e o ir e vir vai ser em linha reta e sem impactar o centro a cidade. Ao todo, serão gerados cerca de 1500 a 1800 novos empregos.  A cidade dos Ônibus é a maior modernidade dos últimos tempos. Ela ficou parada, mas assim que assumimos na quinta, trabalhei quinta, sexta, sábado e domingo e na segunda e terça, o projeto foi para Câmara para ser aprovado. MS Notícias: Existe algum projeto em andamento que prevê a criação de novos polos industriais em Campo Grande? Secretário Edil Albuquerque – Os dois polos estão cheios. Temos hoje 110 empresas que já praticamente lotaram o polo, por isso eu e o Marcos Cristaldo do Planurb em conjunto com outras pessoas interessadas como a Fiems, Fecomércio, a Secov, a Construção Civil trabalhamos no sentido de prestigiarmos a região do Anhanduí e Anhanduizinho, além de outras regiões. Hoje nos deparamos com aumento do limite de área urbana, por isso vamos estudar esse impacto e o estudo será rápido até porque a classe empresarial está aí. Não adianta só trazer indústria sem interlocução com o estado e município. O Outlet, por exemplo, teve forte ação do Estado. E hoje fazemos muito bem isso. Hoje temos o Paulo Engel no Estado, na secretaria de produção que faz o complemento do que acontece em Campo Grande. Nós doamos o terreno, damos isenção tributária de ISS da construção, damos o IPTU e o trabalho da Funsat. MS Notícias: Quais são os principais programas da Sedesc para o desenvolvimento do agronegócio na Capital? Secretário Edil Albuquerque – A Sedesc depende de complementos. Eu dependo da Fundação do Banco do Brasil, do Sebrae, eu dependo muito do governo federal, estamos atentos ao Siconv, que são janelas que se abrem para você pegar determinados financiamentos. Recentemente, na minha última passagem minha pela secretaria, fomos umas das primeiras cidades do país a adquirir financiamento junto à Caixa Econômica Federal mento onde conseguimos para região do Anhanduí colocar ponte de concreto de caráter definitivo, o que foi muito importante. Estamos trabalhando no sentido do escoamento dos produtos do agronegócio, principalmente dos produtos orgânicos e hoje temos o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) que compra, por intermédio, da Fundação Banco do Brasil  a produção e leva a uma central  de alimentos que nós temos, higieniza, embala e entrega para entidades filantrópicas. Antes o que acontecia, no passado tão recente, era que o supermercado disponibilizava frutas amassadas, que não tinham mais um bom visual e Rotary, o Lions e outras entidades filantrópicas iam ao local e pegavam esses produtos. Hoje, por intermédio da Fundação Banco do Brasil, nós compramos a produção e levamos para o CPA (Centro de Processamento de Alimentos) que nós administramos, onde o alimento é higienizado e embalado e cadastrado. Nós temos todo cadastro dos de entrada e saída das mercadorias. Em relação aos orgânicos, a questão da produção está praticamente parada. Estou com uma cobrança muito grande do incremento da feira que acontece às quartas-feiras na praça do Rádio Clube e aos sábados no estacionamento do Paço Municipal às além do apelo das pessoas que querem saúde querem que os orgânicos prosperem . Eu desafio a sociedade de Campo Grande que vai nos ouvir a encontrar qualquer orgânico em qualquer parte do mundo que tenha o mesmo preço dos tradicionais com agrotóxico. O orgânico é mais caro que o tradicional, porque se você não tiver parceiros como nós temos o Sebrae, o Banco do Brasil, e a logística da Sedesc, em relação à assistência técnica gratuita, além do sindicato da Organocop, que  treina e prepara esse pessoal, é muito difícil manter o preço. A prefeitura ousou em criar orgânico, pois todo orgânico tem responsabilidade em cima. Como você vai fiscalizar as e saber se usam ou não agrotóxicos? Nós credenciamos e certificamos essas pessoas para poder realizar esse trabalho e também dotamos os assentamentos com estrutura para realizar um casamento, um velório, um churrasco, jogar vôlei. No período em que estivemos aqui demos atenção muito grande ao agronegócio, principalmente na questão da sua comercialização e estamos com projetos novos sobre a questão do peixe. Temos uma superintendência que tem foco no peixe em criar piscicultura. Por isso, a Sedesc é uma secretaria muito ampla onde temos muita coisa para falar.   Biografia: Nome: Edil Afonso Albuquerque Idade: 64 anos Naturalidade: Aquidauana Trajetória Profissional: Edil Albuquerque deu início a sua carreira como bancário, função que desempenhou durante 38 anos sempre conciliando com a vida pública. Edil, filiado do PMDB, cumpriu quatro mandatos como vereador, quando também foi presidente da Câmara Municipal de Vereadores, e também, foi vice-prefeito de Campo Grande durante o mandato do ex-prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) entre os anos de 2008 e 2012. Atualmente, o vereador se licenciou para assumir a direção da Sedesc, da qual já foi secretário entre o período de 2008 e 2012.