23 de abril de 2024
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Santos goleia Ponte Preta por 4 a 0 e vai à semifinal do Paulistão

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Para o Santos, não basta vencer. É preciso golear. Com os 4 a 0 que aplicou nesta quarta-feira na Ponte Preta, na Vila Belmiro, o time conquistou sua sexta goleada no Campeonato Paulista e se classificou com tranquilidade para as semifinais. O placar soberbo já amedronta o próximo adversário, Penapolense, o pior dos quatro semifinalistas na pontuação, definido após vitória sobre o São Paulo.

A diferença de desempenho das equipes na fase de classificação – a melhor campanha do Santos e a segunda colocação da Ponte em seu grupo – não entrou em campo. A Ponte mostrou uma cara mais ofensiva, com três atacantes que se movimentavam com inteligência. Foi um time atrevido, tomou a iniciativa e ficou grande parte do tempo com a bola nos pés. Foi por isso que quase marcou aos 15 minutos, quando Alemão, sozinho, tocou de cabeça. A história se repetiu aos 36, em falta de Adrianinho.

Como a Ponte tinha a bola, o Santos ficou com a objetividade e as melhores chances de gol. Os sete ou oito passes que o time de Campinas trocava eram concentrados em três ou quatro nos pés santistas. A velocidade era o principal diferencial. Prova disso é que a Ponte ficou com a posse da bola (58% a 42%), quadro anormal no alçapão da Vila. Mas o Santos sempre esteve mais perto do gol.

Tudo foi um risco calculado, uma espécie de arapuca armada por Oswaldo de Oliveira. Apesar da qualidade da Ponte, que fez um de seus melhores jogos no torneio, era o Santos que não permitia a profundidade. Os meias iam e voltavam fechando o meio. Arouca fazia a proteção necessária à zaga – essa, sim, dava alguns sustos.

A primeira prova da objetividade santista foi dada no início, antes dos cinco minutos, quando Gabriel dividiu com o goleiro Roberto na pequena área. Duas ou três chances se seguiram, com Geuvânio e Leandro Damião. Foram menos marcantes do que a primeira, mas ilustraram a estratégia e a segurança do jogo do time da Vila.

Aos 21 minutos, o gol saiu. Após cobrança de escanteio e uma bola torta rebatida pela defesa, Cícero bateu bem, fez seu sétimo tento no Paulista e reafirmou a condição de um dos artilheiros do time no torneio.

O gol não teve o efeito tranquilizador de costume. A Ponte continuou arisca, com a bola nos pés e sem mudar seu estilo. Estava viva e até conseguiu outra chance de gol, com aquele cruzamento de Adrianinho.

DEFINIÇÃO O que fez ruir o castelo de cartas do competente técnico Oswaldo Alvarez, da Ponte, foi o gol de Geuvânio, logo aos três minutos do segundo tempo. E aqui vale observar o lance todo. Leandro Damião deu uma assistência de bicicleta no meio do campo para o meia. Assim, com as funções trocadas, Geuvânio driblou e marcou. É também um dos artilheiros do time e um dos protagonistas da campanha exemplar. Não adiantou mais Vadão gesticular para tocar a bola. De pouco valeram as várias alterações. Estava decidida a partida.

Mas o Santos é um time faminto e arrebatador. Faltava a goleada. O gol de Gabriel, com um belo chute de canhota aos 15, em jogada individual, e o tento fácil marcado por Diego Cardoso, após assistência de Cícero, aos 34, repetiram a sina dos placares elásticos. Diante de uma retranca ou de um rival que jogue de igual para igual, o Santos é um rolo compressor. FICHA TÉCNICA: SANTOS 4 x 0 PONTE PRETA

SANTOS - Aranha; Cicinho, Neto, David Braz e Mena; Arouca, Cícero, Geuvânio e Gabriel (Alison); Leandro Damião (Diego Cardoso) e Thiago Ribeiro (Alan Santos).Técnico: Oswaldo de Oliveira.

PONTE PRETA - Roberto; Ferrugem, César, Diego Sacoman e Magal; Bruno Silva, Fernando Bob e Adrianinho (Bida); Antônio Flávio, Alemão (Rossi) e Silvinho (Neilson). Técnico: Vadão.

GOLS - Cícero, aos 21 minutos do primeiro tempo. Geuvânio, aos 3, e Gabriel, aos 15, e Diego Cardoso, aos 34 minutos do segundo tempo.

CARTÃO AMARELO - Alison.

ÁRBITRO - Vinícius Furlan.

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Vila Belmiro, em Santos (SP).

Agência Estado