29 de março de 2024
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Aplicativo também vai combater corrupção dentro da PM, avalia secretário

Neste ano, foi desmontado um dos maiores esquemas envolvendo policiais militares com contrabando de cigarro do país

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Lançado nesta terça-feira (18), o sistema “Roda Viva- PMR-MS” também vai permitir que o Estado combata a corrupção dentro da Polícia Militar. Isso porque, cada viatura estará equipada com um GPS e tablete, que permitirão ser acompanhadas em tempo real pela central de monitoramento – também operada pela corregedoria do órgão.

A informação é do secretário titular da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). Segundo ele, todos os dados sobre o dia, horário e local que cada viatura esteve também ficarão armazenados.

“A corregedoria da PM esteve em cada batalhão que será monitorado a princípio pelo sistema. O objetivo foi de orientar os policiais que as medidas não serão apenas para ajudar no trabalho, mas sim também para inibir e fiscalizar qualquer conduta irregular”, destaca.

Neste ano, foi desmontado um dos maiores esquemas envolvendo policiais militares com contrabando de cigarro do país. Na operação Oiketicus, 28 policiais militares viraram réus por corrupção passiva e organização criminosa. Ontem (17), o sargento Ricardo Campos Figueiredo - preso na operação - foi condenado a mais de 18 anos de prisão e a perda do cargo por envolvimento com o esquema. 

Sistema - A partir de hoje, o motorista que passar pelas rodovias estaduais de Mato Grosso do Sul conseguirá denunciar roubos, avisar sobre acidentes, enviar fotos de problemas na pista e até acompanhar a solução de cada ocorrência por um aplicativo de celular. As informações ajudarão a Polícia Militar Rodoviária a monitorar e reforçar o atendimento nas estradas do Estado.

O lançamento do “Roda Viva- PMR-MS” aconteceu na manhã desta terça-feira (18), junto com a inauguração do Centro de Comando e Controle da Polícia Militar Rodoviária em Campo Grande. O aplicativo poderá ser usado pelos motoristas através dos sistemas Android e IOS, de forma gratuita.

Operação - A primeira fase da operação Oiketicus foi realizada em 16 de maio quando foram cumpridos 20 mandados de prisão preventiva contra policiais, sendo três oficiais, e 45 mandados de busca e apreensão. O saldo total foi de 21 prisões porque um sargento acabou preso em flagrante. A ação é do Gaeco e Corregedoria da Polícia Militar.

A ação foi em 16 localidades: Campo Grande, Dourados, Jardim, Bela Vista, Bonito, Naviraí, Maracaju, Três Lagoas, Brasilândia, Mundo Novo, Nova Andradina, Boqueirão (distrito), Japorã, Guia Lopes, Ponta Porã e Corumbá. Segundo a investigação, a remuneração para os policiais variava de R$ 2 mil por mês a R$ 100 mil.

A segunda etapa aconteceu no dia 23 de maio, com mandado de busca e apreensão na casa e escritório de servidor do TCE (Tribunal de Contas do Estado). A terceira fase foi em 13 de junho, quando mais oito policiais foram presos. Nome da operação, oiketicus é um inseto conhecido popularmente como “bicho cigarreiro”.