16 de abril de 2024
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Após 23 anos, escola abandonada é restaurada pelo governo em Miranda

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Os investimentos do Governo do Estado na educação contemplam a restauração da histórica Escola Caetano Pinto, em Miranda, construída em 1922 – cuja estrutura estava comprometida por falta de manutenção. A última reforma ocorreu em 1993, na gestão do ex-governador Pedro Pedrossian. Ao inaugurar em maio uma escola indígena no município, o governador Reinaldo Azambuja garantiu a obra na antiga unidade, atendendo reivindicação da comunidade estudantil.

“Estávamos esperando essa remodelação há mais de 10 anos. Foi uma batalha de décadas, e agora, tenho certeza, vamos seguir mais motivados no projeto maior que é formar cidadãos”, afirmou a diretora da Caetano Pinto, professora Edina Barbier da Silva, ex-aluna da escola.

Situado na Avenida Afonso Pena, 198, centro de Miranda, o atual prédio da unidade escolar foi construído em 1941 e, segundo alunos da época, a única grande reforma teria ocorrido em 1993. Agora, o Governo do Estado investe R$ 1.033.916,68 na reformulação completa da sua estrutura e ampliação, incluindo a construção de uma biblioteca e sala de jogos e adaptação da quadra de esportes, com a implantação de arquibancada. As obras seguem em ritmo acelerado, com previsão de conclusão para o próximo ano letivo.

Nova escola

As adequações físicas incluem ainda a restauração das salas de aula e dos professores, com adaptações para receber ar-condicionado, bem como banheiros, cantina, troca do telhado e das redes elétrica e hidráulica. “É um sonho que está sendo realizado. A Caetano Pinto é como se fizesse parte da nossa família, e as intervenções que estão ocorrendo melhoraram inclusive a autoestima dos alunos”, conta a diretora.

Edina Silva lembra a convivência diária com as precariedades da escola, decorrentes da falta de manutenção por tanto tempo. “A parte elétrica e hidráulica era um problema sério, causando prejuízos e aumento do custeio com a queima periódica de equipamentos e lâmpadas, sem falar das rachaduras, goteiras. Estamos ganhando uma nova escola”, diz a professora.

A histórica escola conta com 12 salas de aula e atende 779 alunos do 2º ano do ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio, além de atividades noturnas com cursos de pré-vestibular e técnico-profissionalizantes.

Obra Inacabada Zero

Além da construção da Escola Indígena Professor Atanásio Alves (Programa Obras Inacabadas Zero), com seis salas de aula e quadra de esportes com arquibancada, para atender os 173 alunos da Aldeia Lalima, o Governo do Estado vem dando total atenção ao ensino público em Miranda. Somente os investimentos na edificação da escola de padrão indígena, foram investidos R$ 1.842.266,75, com complementação de R$ 148 mil para execução de serviços de urbanização, instalação de luminárias e sistema de proteção contra descargas elétricas.

Este ano, os investimentos em kit escola triplicaram em relação a 2015, somando R$ 102 mil. A rede escolar local (cinco unidades, sendo duas em áreas indígenas) recebeu R$ 47 mil em uniformes e R$ 44 mil em merenda. Para garantir o transporte escolar no meio rural, a secretaria estadual de Educação investe este ano R$ 174 mil, com redução de custos no comparativo ao ano letivo de 2015.