19 de abril de 2024
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Azambuja propõe à Bolsonaro chamar policial de folga e da reserva para fronteira

Ideia será debatida com o futuro ministro da Justiça, ex-juiz Sérgio Moro

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Entre várias opções analisadas para reforçar a segurança na fronteira do Brasil com países vizinhos, entre elas a de Mato Grosso do Sul com o Paraguai e Bolívia, está a convocação de policiais de folga e da reserva para o trabalho contra o crime organizado. Situação foi comentada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) nesta segunda-feira (19).

Conforme Azambuja, essa proposta foi apenas uma das apresentadas pelos governadores ao presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), durante reunião na última semana.

“Dos 20 governadores, todos apresentaram alguma proposta. Quatro colocaram no documento oficial, que foram consideradas prioridade. Foi o reajuste da tabela SUS [Sistema Único de Saúde], destravar recurso do fundo penitenciário, inúmeros projetos que não são analisados pela Depen. Outra questão que é unanimidade, a fronteira precisam ser blindadas, para barrar a entrada de drogas e armamentos, fica difícil combater o crime organizado. É consenso, não só dos estados fronteiriços, mas de todas as unidades”, detalhou.

Ainda segundo o governador do Estado, as propostas ligadas à fronteira serão discutidas com o ministro da Justiça indicado por Bolsonaro, Sérgio Moro, ex-juiz da operação Lava Jato.

“Queremos destravar recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública, principalmente para ter mais policiais. Propusemos pagar diária para o chamamento dos profissionais na hora de folga, em todos estados. Pagar também para chamar os policiais da reserva. Isso proporciona trazer profissionais experientes para atuar na segurança pública e contribuir com a corporação. Será discutido com o Sérgio Moro, em reunião no dia 12 de dezembro, vamos apresentar essa pauta, pegamos o que é comum a todos os estados”, explicou.

O uso do fundo de Segurança Pública deve servir para agilizar o chamamento de novos policiais. “O fundo de Segurança Pública, aprovado e existente, que vai tirar parte dos recursos das loterias, e outros recurso para ajudar o estado a ter efetivo maior. Isso para agilizar o aumento dos profissionais, pois um chamamento público via concurso demora quase um ano e meio para ser concluído e pode acabar uma estrutura mais efetiva”, concluiu.

*Colaborou Aline Oliveira