20 de abril de 2024
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Pensionistas

Bandidos falsificam documentos de pensionistas em Campo Grande

Idosa de 63 anos foi vítima e ficou com dívida de R$ 30 mil em empréstimos

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Quadrilha de estelionatários voltaram a fazer novas vítimas em Campo Grande e o público alvo continua  sempre o mesmo: aposentados e pensionistas que recebe pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A quadrilha atua como uma empresa que oferece empréstimos consignados apenas para esse público e ao conversar com a vítima consegue coletar os dados pessoais, onde falsifica os documentos e age na conta bancária dos alvos.

Correio do Estado recebeu a denúncia de uma idosa de 63 anos que foi vítima desta quadrilha e além de ter os documentos falsificados, perdeu R$ 3 mil de conta bancária e ficou com uma dívida de R$ 30 mil com empréstimos.

De acordo com a denúncia feito pelo filho da idosa, um empresário de 35 anos, há três meses a vítima recebe a pensão do marido que faleceu a dois anos. No mês passado, ela recebeu a oferta de um empréstimo que a princípio teria recusado. No entanto, quando foi sacar o dinheiro do benefício na data estipulada, recebeu a pior notícia do ano, a que seria uma das vítimas dos estelionatários. 

À reportagem, o filho da vítima contou que o estrago foi grande. Os criminosos falsificaram o Registro Geral (RG) da idosa e com esse documento, fizeram outra conta bancária, que em seguida solicitaram dois empréstimos no valor de R$ 15 mil cada. Além disso, a quadrilha conseguiu transferir a pensão da idosa para a conta onde estavam acumulando dinheiro. Ainda de acordo com o filho da vítima, ele conseguiu ver a cópia do documento utilizado para fazer as burocracias do banco. No documento havia os dados da idosa e na frente a foto de uma mulher que aparentava ter 35 anos de idade. 

Após a descoberta da fraude, a idosa registrou boletim de ocorrência e conseguiu bloquear a conta feita em seu nome, mas até a publicação desta reportagem, ela não conseguiu reaver o benefício e nem conseguiu retificar a dívida do empréstimo no valor de R$ 30 mil.

Correio do Estado entrou em contato com o INSS, uma vez que a vítima acredita que os dados tenha saído do própio instituto para falsificar os documentos, pois ela afirma que mais ninguém tinha seus dados pessoais, mas não houve resposta.

A reportagem também contactou a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) sobre o andamento das investigações deste caso, mas até a publicação desta não houve resposta.