23 de abril de 2024
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Bebê com hérnia umbilical recebe acompanhamento médico na Capital

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 A menina Rita, de apenas dois meses, diagnosticada com hérnia umbilical, começa a receber acompanhamento médico na rede estadual. O bebê já tem consulta agendada no Hospital Regional (HR), em Campo Grande, na próxima segunda-feira (18). A história dela foi divulgada na mídia local há alguns dias.

O desespero da mãe de primeira viagem, Jéssica Fernanda de Carvalho, 19 anos, virou notícia e a própria família acreditava que Rita deveria passar uma cirurgia para retirada da hérnia. No entanto, o que ela não sabia é que, nesses casos, para crianças menores de dois anos não há indicação cirúrgica.

“Não operamos bebês com essa idade. A cirurgia só é indicada para crianças maiores de dois anos. Rita já está recebendo atendimento médico e vai ser acompanhada na rede estadual, no Hospital Regional. Isso é o importante. Na maioria dos casos, a hérnia some sozinha”, explicou o médico Márcio Eduardo de Souza Pereira, cirurgião geral do HR. Rita chegou até a rede estadual de atendimento médico por meio da Central de Regulação.

Estima-se que quase 10% das crianças recém-nascidas apresentem hérnia umbilical, o que acontece por causa de uma fraqueza nos músculos do abdome do bebê. Após o nascimento, a abertura nos músculos abdominais se fecha quando o bebê amadurece, porém, isso pode não acontecer e os músculos crescem juntos e deixam uma pequena abertura na barriga por onde a alça do intestino pode se mover e ocasionar a hérnia.

A mãe da menina até tentou agendar uma cirurgia na rede municipal, mas a informação que recebeu era de que não havia vagas. O médico Marcio Eduardo explica que muitos pais se assustam com o problema, mas na maioria dos casos não há motivo de preocupação e a hérnia some sozinha. “Agora, Rita será acompanhada por uma  cirurgiã pediatra e, se realmente houver necessidade, ela fará a cirurgia no momento certo”, afirmou.