O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, comentou durante entrevista realizada nesta quarta-feira (12), em Brasília (DF), que o caso do avanço da lama nas águas dos rios de Bonito e Jardim foi uma decorrência pontual provocada por excesso de chuvas.
"O que aconteceu em Bonito não é fato que aconteça todos os dias. Uma chuva muito forte fez com que as curvas de nível e os terraços não suportassem o volume da água e acabaram indo com a enxurrada para o rio. É uma situação que acontece quando se tem registro de chuvas com 140 a 160 milímetros ", argumentou.
De acordo com Maggi, o Brasil conta com uma das melhores legislações ambientais do mundo, contribuindo para preservação das margens de rios e reservas legais.
"A lei ambientaL brasileira é o filtro de preservação dos nossos rios. Tanto que temos estudos que comprovam a melhoria de algumas localidades, como as Cataratas do Iguaçu, por exemplo", destaca.
TURVAMENTO DAS ÁGUAS
O turvamento das águas do rio da Prata aconteceu na primeira quinzena de novembro e causaram preocupação para moradores e empresários do setor turístico de Bonito.
O Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) realizou uma fiscalização e notificou duas propriedades rurais, por realizarem manejo de solo sem construção de curvas de nível.
Diante das fortes chuvas registradas, os sedimentos e a terra revolvida foram carregados para o curso d'água provocando o escurecimento das águas cristalinas.
Conforme informado pelo instituto, foram realizadas imagens aéreas que subsdiaram medidas para prevenir que a lama escorra novamente para as margens do rio.
Na terça-feira (11) foi realizada uma audiência pública para debater medidas concretas de preservação de nascentes, áreas alagadas e toda extensão dos rios, independente do setor, produtivo ou turístico.