08 de dezembro de 2023
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MERCADO DO TRABALHO

Brasil registra saldo positivo de 1,59 milhão de trabalhadores

O número total de brasileiros com carteira assinada chega a 44 milhões, o maior já registrado na série histórica desde 20023

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O Ministério do Trabalho e Emprego, revelou nesta 2ª feira (30.out.23) que o Brasil registrou um acúmulo de 1,59 milhão de trabalhadores com carteira assinada nos primeiros nove meses de 2023. Durante este período, houve 17,8 milhões de admissões e 16,2 milhões de desligamentos.

Conforme o levantamento, setembro apresentou um aumento no número de pessoas empregadas, assim como todos os outros meses do ano. Foram registrados um total de 211.764 postos de trabalho, resultado de 1.917.057 admissões e 1.705.293 desligamentos.

O estoque atual de pessoas empregadas com carteira assinada chegou a 44 milhões em setembro de 2023, o maior valor já registrado na série histórica do Caged (junho de 2002 a 2019) e do Novo Caged (a partir de 2020). A variação em relação ao mês anterior foi de 0,48%. Nos últimos 12 meses (outubro/2022 a setembro/2023), foram gerados um total de 1,4 milhão de empregos, decorrentes de 22,8 milhões de admissões e 21,4 milhões de desligamentos.

A variação positiva do emprego formal foi registrada em todos os cinco grandes grupos de atividades econômicas, nas cinco regiões e nas 27 Unidades Federativas. São Paulo liderou a geração de postos de trabalho com 47.306 (+0,35%), seguido por Pernambuco, que gerou 18.864 postos (+1,35%), e Rio de Janeiro, com 7.998 postos (+0,51%). Na variação regional, o saldo foi de 82.350 vagas formais no Sudeste, seguido pelo Nordeste (75.108), Sul (22.330), Norte (16.850) e Centro-Oeste (14.793).

O setor de serviços teve um saldo de +98.206 postos em setembro, com destaque para Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que teve um saldo positivo de 41.724. A Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais teve saldo de 20.383, e Alojamento e Alimentação, com saldo positivo de16.642, postos, especialmente em restaurantes e similares (+6.885) e lanchonetes e similares (+4.047).

O segundo maior gerador de vagas foi o setor de Comércio, com 43.465 postos de trabalho no mês, com destaque para o Comércio Varejista de Mercadorias em Geral, com predominância de Produtos Alimentícios – Supermercados (+4.339) e Hipermercados (+2.823), além do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos, que gerou 1.871 empregos. A indústria veio em seguida, com saldo de 43.214 postos de trabalho, e a Construção Civil, com saldo de 20.941 empregos. A Agropecuária foi o setor de menor geração no mês, com saldo positivo de 5.942 postos formais. O resultado da agropecuária foi impactado pela desmobilização no cultivo de café, com perda de 6.704 postos em setembro.

Os salários apresentaram estabilidade, com um salário médio real de admissão em setembro de R$2.032,07, uma variação negativa de R$8,07 em comparação com o valor corrigido de agosto (R$2.040,14). Em comparação com o mesmo mês do ano anterior, descontando-se mudanças decorrentes da sazonalidade do mês, o ganho real foi de R$13,92.

Em relação à população com deficiência (PCD), foram identificados 1.590 postos de trabalho, enquanto o emprego foi positivo para mulheres (+83.096) e homens (+128.668). A geração de emprego também foi positiva para pardos (+145.519), brancos (+49.451), pretos (+20.004), amarelos (+2.642) e indígenas (+232).