O Brasil ainda sente os efeitos da crise financeira que impactou os bolsos e conta-correntes dos trabalhadores nos últim os anos, mas seguindo a lógica da tradição, o comércio pode esperar um 'Natal aquecido'.
Pelo menos é o que diz pesquisa realizada pela CNDL/SPC Brasil divulgada neste sexta-feira (9), onde pelo menos 72%, ou seja, um em cada três entrevistados, dizem que planejam adquirir algum tipo de presente no Natal.
"Os consumidores querem presentear seus familiares e amigos, mesmo que sejam com as famosas lembrancinhas. Por isso, a tradição acaba falando mais alto e isso nos traz uma grande expectativa de que haja um aquecimento da economia local", disse Adelaido Vila, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande.
Segundo a pesquisa, espera-se que mais de 110,1 milhões de consumidores presenteiem alguém neste Natal. Entre os entrevistados, apenas 9% declararam que não vão presentear. Destes, 26% disseram que não gostam ou não tem costume, 23% por estarem desempregados e 17% por estarem sem dinheiro. Ao todo, 19% das pessoas ainda não se decidiram.
Traduzindo em números absolutos, a expectativa eé de que mais de 110 milhões de brasileiros pretendem ir às compras para presentear no Natal e a média por presente não deve passar de R$ 116.
Mesmo o cenário nacional não se mostrando favorável, a pesquisa reforça o porquê a data é a mais aguardada do ano para os comerciantes, trazendo uma expectativa de crescimento e aquecimento para a economia.
A previsão é que o Natal movimente R$ 53,5 bilhões na economia. Apesar da lenta recuperação econômica do país e seguindo o mesmo patamar de 2017 no quesito de valores, a tradição em presentear promete contribuir com o aquecimento das vendas do varejo.