O Ministério Público do Trabalho (MPT) determinou que a Ford não pode demitir coletivamente os seus empregados até o encerramento da negociação coletiva. A estimativa é que sejam impactados até 120 mil empregos diretos e indiretos. 

A montadora anunciou, em janeiro desse ano, o fim da fabricação de automóveis no Brasil e o início de uma reestruturação de sua operação na América do Sul, o que resultaria na demissão de 5 mil empregados diretos no Brasil e na Argentina.

Na decisão do MPT, a Ford não pode suspender o pagamento dos salários e licenças remuneradas dos trabalhadores durante essas negociações.

A decisão liminar foi do desembargador do Trabalho Edilton Meireles de Oliveira Santos no último domingo (14.fev) e ocorreu através do intermédio do Grupo Especial de Atuação Finalística.

A  Justiça já havia proibido a demissão de funcionários das fábricas em Camaçari e Taubaté.O MPT disse que a Ford tem que se abster "de praticar assédio moral negocial e de apresentar ou oferecer propostas ou valores de forma individual aos trabalhadores, durante a negociação coletiva".