28 de março de 2024
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Dólar

Dólar fecha em queda, abaixo de R$ 3,80

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O dólar fechou em queda nesta terça-feira (19), com investidores aguardando o envio da proposta de Previdência dos militares ao Congresso, previsto para quarta-feira, e antes de decisões do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) e do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre as taxas de juros, também no dia seguinte.

A moeda norte-americana caiu 0,06%, a R$ 3,7891. Já o dólar turismo era vendido perto de R$ 3,92, sem considerar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

No ano, o dólar comercial acumula queda de 2,2%, segundo o Valor Pro. Já no mês de março, a moeda norte-americana tem alta de 0,95% sobre o real.

Juros nos EUA

A expectativa dos mercados é de que o Fed reforce a postura de "paciência" com relação a novas altas de juros, com investidores precificando em 99% de probabilidade de o banco central norte-americano não alterar a taxa de juros na quarta-feira, segundo a Reuters.

O mercado monitora pistas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos porque, com taxas mais altas, o país se tornaria mais atraente para investidores. Isso motivaria uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real.

Mas se, ao contrário, o Fed decidir não aumentar os juros agora, recursos aplicados em outros mercados, como o brasileiro, tendem a não migrar para aos Estados Unidos, o que afastaria essa pressão de alta do dólar em relação a outras moedas.

Cenário interno

Com relação ao BC brasileiro, a expectativa para a reunião do Copom é de que não haja mudança na política monetária também na quarta-feira, mas investidores observarão a primeira decisão sob a presidência de Roberto Campos Neto.

Participantes do mercado aguardam novos desdobramentos da reforma da Previdência, mais especificamente o envio da proposta de reforma previdenciária das Forças Armadas ao Congresso, previsto para quarta-feira.

"O maior receio dos investidores gira em torno da economia que será produzida pela reforma do sistema previdenciário das Forças Armadas, o atual cenário no qual um gasto de R$ 10 bilhões será produzido nos dez primeiros anos antes de começar a realizar uma economia de fato não está caindo muito bem tanto para o mercado como para os deputados em geral", afirmou a corretora H.Commcor em nota.

No dia anterior, o ministro da Economia, Paulo Guedes disse que o governo está correndo para finalizar o projeto para que ele seja enviado dentro do prazo previsto, acrescentando que Bolsonaro ainda não tinha visto o texto.