24 de abril de 2024
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Caixas eletrônicos

Dupla de SP é presa por realizar 'pescaria' em caixas eletrônicos da Afonso Pena

Mais de R$ 100 mil foram furtados pelos bandidos nas ações

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Dois homens suspeitos de praticarem a famosa 'pescaria', ou seja, a retirada ilegal de envelopes de depósitos em caixas eletrônicos, de agências bancárias da Avenida Afonso Pena, na região central de Campo Grande, e também em Dourados, foram presos por policias civis da Delegacia Especializada na Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras). Mais de R$ 100 mil foram furtados pelos bandidos nas ações.

A dupla, de um bairro da zona leste de São Paulo (SP), foi presa na última segunda-feira (5), mas o caso só foi revelado nesta tarde. Um terceiro integrante das ações já foi identificado, mas permanece foragido.

Luiz Roberto Santos Júnior, 26 anos, e Steve Davis de Andrade, 31, foram detidos em flagrante na Vila Progresso, bairro paulistano onde moravam. Ambos não quiseram se pronunciar sobre as acusações.

Os crimes ocorreram no primeiro semestre. Segundo a polícia apurou, na primeira ação, em maio, o bando levou R$ 22 mil. No mês seguinte voltaram. E furtaram outros R$ 42 mil da mesma agência na Afonso Pena. Na volta de São Paulo, decidiram agir em Dourados. Onde conseguiram mais R$ 45 mil. Há a suspeita de que agiram também em Três Lagoas. 

O modo de atuação é sempre o mesmo. Os suspeitos iam logo após o término do funcionamento regular nas agências e quebravam metade dos equipamentos para concentrarem os depósitos feitos pelos clientes em máquinas onde o gancho feito de arame por eles pudesse entrar na boca de entrada, puxando os envelopes com dinheiro. Por isso o nome, 'pescaria'. Esses caixas escolhidos geralmente são máquinas mais antigas, com entradas maiores.

Segundo o delegado João Paulo Sartori, responsável pela investigação a suspeita é de que o bando agia em todo o Brasil. Andrade, por exemplo, foi preso assim que voltou da Região Sul, onde se suspeita que tenha efetuado o mesmo crime. Ele mesmo tem passagem anterior pela polícia do Ceará, onde foi preso pelo mesmo motivo.

Ainda de acordo com Sartori, as investigações vão continuar para se descobrir se há mais suspeitos envolvidos. Chamou a atenção o fato do próprio Garras já ter prendido, no ano passado, quadrilha da mesma região de São Paulo que aplicava o golpe em Campo Grande. Há a suspeita de que tenha vínculos entre os detidos de ambas as situações.