28 de março de 2024
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Tráfico

Empresário é preso por tráfico internacional de mulheres

Polícia chegou ao suspeito depois que três vítimas tentaram fugir

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Em Brasilândia, o proprietário de uma boate foi preso por intermédio de uma operação da Polícia Civil, suspeito de tráfico internacional de mulheres e por manter uma casa de prostituição sob a fachada do estabelecimento comercial. 

Conforme investigado pelos policiais, as vítimas eram trazidas do Paraguai e obrigadas a trabalhar como garotas de programa, impedidas de sair do local caso não pagassem dívidas como alimentação, bebidas e parte do valor cobrado no programa. 


Na apuração do JP News, o delegado Thiago Passos, que ficará responsável pelo caso em Três Lagoas, adiantou que três mulheres de nacionalidade paraguaia tentaram fugir na tarde de segunda-feira (21), mas foram perseguidas pelo dono da boate.

Ele pegou dinheiro, aparelhos celulares e a bagagem de uma delas. A vítima relatou que ele tomou os pertences e disse que ela não teria oferecido retorno do investimento e por isso, não a deixaria voltar ao país de origem.

Na casa, os militares encontraram documentos e papéis que comprovam o financiamento de passagens das vítimas paraguaias. 

Além do controle com os "gastos" das mulheres foram apreendidos bilhetes de passagens interestaduais de ônibus, com destino a Foz do Iguaçu (PR), bem como comprovantes de pagamentos feitos em casas de câmbio para homens de origem paraguaia. 

Os indícios encontrados apontam para ocorrência de tráfico de pessoas e as mulheres resgatadas prestaram depoimento na delegacia e foram liberadas, informando que seguiriam viagem para o Paraguai. 

A Polícia Civil informa que encaminhará um ofício à Polícia Federal, com dados das vítimas para verificação da legalidade do ingresso no país e possível procedimento de expulsão do Brasil.

A orientação do delegado para a população é de que se tiver informações sobre esse tipo de crime, pode realiza-lo por denúncia anônima. 

*Com informações do JP News