28 de março de 2024
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Ameaças de ataque

Escolas e polícia devem cooperar para evitar sobrecarga com ameaças de ataque

Especialista afirma que é preciso uma articulação entre justiça, segurança e assistência social

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Depois do massacre em Suzano, as ameaças de ataques em escolas em Mato Grosso do Sul se tornaram cada vez mais comuns. Casos como este mobilizam agentes de segurança, como a Polícia Militar e a Guarda Municipal, e podem causar um desgaste. Em audiência pública nesta sexta-feira (26), a coordenadora de Psicologia Educacional da SED (Secretaria de Estado de Educação), Paola Nogueira Lopes, afirmou que o desgaste pode ser evitado com a colaboração das escolas com a segurança pública.

A coordenadora explica que a SED elabora manuais para dar suporte aos educadores. Segundo ela, a polícia pode ser chamada até a escola, mas outras alternativas também são um caminho, como procurar ajuda com assistência social e conselho tutelar.

“A educação tem que ser trabalhada na prevenção, precisamos nos unir. Chamamos os professores e demos as orientações. A segurança deve andar junto, mas o que acontecia é que ele [o diretor] estava apenas chamando a polícia e sobrecarregando os policiais”, comenta.

A especialista comenta que a Secretaria de Educação tenta fomentar a rede de atendimento, em colaboração com os profissionais da segurança. Ela afirma que é preciso uma articulação entre justiça, segurança e assistência social.

“A segurança faz parte, mas antes do julgamento, é preciso ter uma escuta empática. Quem dá problema são os [alunos] que mais precisam, é aquele que viu a mãe apanhar a vida inteira e traz esse comportamento para a escola, tumultua a sala. Você verifica questões sociais e culturais, a família precisa de ajuda”.