Embora em situação confortável em comparação a outros municípios, Mato Grosso do Sul terá de trabalhar para melhorar indicadores relacionados, principalmente à saneamento, acidentes de trânsito e emissão de gases poluentes. Este foi o cenário indicado pela pesquisa Desafios da Gestão Estadual 2018, elaborado pela consultoria Macroplan. De acordo com a publicação, o quadro mais preocupante para o Estado são as mortes por doenças crônicas a cada grupo de 100 mil habitantes. Com resultado de 320,0 (por 100 mil habitantes de 30 a 69 anos), Mato Grosso do Sul ficou na 23ª posição entre as 27 unidades federativas.
Paralelamente, a publicação também alerta para a emissão de dióxido de carbono per capita. No Estado, houve um crescimento de 39% na última década, fazendo com que MS figurasse na 20ª posição com a média de 26,4 toneladas por habitante, superando a média nacional. “O país emitiu 2,27 bilhões de toneladas brutas de gases de efeito estufa (medidos em toneladas de CO2 equivalentes). Isso significa uma emissão de 11,2 toneladas de CO2 per capita, o maior índice desde 2009”, destacou a pesquisa. A consultoria alerta que a maioria dos estados brasileiros está acima da média mundial de emissões de CO2, de 7,5 toneladas per capita.
Em terceiro lugar entre os desafios que demandam atenção é o número de mortes por acidentes de trânsito. Enquanto o Estado teve um avanço na taxa de homicídios - saltando da 19ª para a 5ª posição da última década, o índice de mortes no trânsito continua elevado, 23,8%, fazendo com que o Estado ficasse na 19ª posição em todo o País - há dez anos, o Estado ocupava a 26ª posição. Dos itens avaliados com pior desempenho no Estado, apontou o estudo, o congetionamento da Justiça apresentou queda de rendimento nas últimas décadas, caindo da 4ª para a 18ª posição nos últimos anos.
Ainda em alerta, a pesquisa destacou as carências no setor de saneamento básico. No Estado, somente 418% das residências contavam com o serviço, o que deixou o Estado na 16ª posição quando comparado a outros estados brasileiros.
GERAL
No quadro geral, Mato Grosso do Sul ocupa a 7ª posição, com média de 0.546 pontos. A liderança do ranking, quando somados os 32 indicadores analisados no estudo, ficou com o Distrito Federal, com média de 0,668. Ainda de acordo com o levantamento, Mato Grosso do Sul fica entre os dez estados com melhor pontuação em infraestrutura, 4º lugar (média de 0,656 pontos); desenvolvimento econômico, 7º lugar com pontuação de 0,503, e desenvolvimento social, também na 7ª posição com 0,552 pontos.
Em Segurança, apontou a pesquisa, o Estado teve um avanço de 15 pontos percentuais na última década, atingindo a média de 0,623 e a 8ª posição. Já o mesmo não se pode dizer da Saúde. Embora tenha ocorrido um aumento de 10 pontos percentuais na última década, a Saúde permanece em alerta no Estado, que ocupa a 14ª posição no ranking, com pontuação de 0,361. O pior resultado porém foi em condições de vida. Neste indicador, Mato Grosso do Sul despencou para a 17ª posição no ranking nacional, com 0,677 pontos. Já a Educação, ficou em 10º no país.
A quarta edição do estudo Desafios da Gestão Estadual (DGE) avalia o desempenho dos estados na última década e traz projeções para 2022, com base na trajetória dos estados na década anterior. Para definir a situação dos estados, o estudo utiliza o Índice dos Desafios da Gestão Estadual (IDGE), que abrange um conjunto de 32 indicadores de 10 áreas de resultado - educação, capital humano, saúde, segurança, infraestrutura, desenvolvimento econômico, juventude, desenvolvimento social, condições de vida e institucional. O IDGE varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, melhor o desempenho do estado.