28 de março de 2024
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Marielly

Fotos do crime mostram violência em ataque à irmã de Marielly

Defesa alega que não houve tortura e que ato ocorreu no 'calor da emoção'

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Mayara Barbosa, 29, foi esfaqueada no pescoço e amarrada pelo seu companheiro Hugleice da Silva, 35, neste domingo (18). Fotos do ocorrido apontam que houve violência e brutalidade, contrariando a defesa do autor, que alegou ter agido em um momento de ira. 

Segundo o advogado José Roberto da Rosa, seu cliente viu mensagens amorosas no celular da esposa Mayara, o que teria motivado Hugleice a agir no ‘calor da emoção’.

“Ele me ligou chorando muito e dizendo estar arrependido. Disse que viu várias mensagens no celular da esposa e que, em um momento de ira, cometeu o crime. Ainda não tive acesso às supostas conversas, mas vou encontrá-lo e ele vai se apresentar à polícia. O casal tem um filho menor que não estava na casa e que está com os parentes”, disse a defesa do suspeito.

O autor é acusado de ocultar o cadáver da cunhada e, deve se apresentar à polícia, conforme sua defesa. Em julho de 2011, ele chegou a ficar preso em Campo Grande por aborto com resultado de morte da cunhada, Marielly Barbosa.

Mayara segue internada em um hospital da cidade de Rondonópolis.

CASO MARIELLY

Marielly, a cunhada de Hugleice morreu no início de junho de 2011 num procedimento de aborto. Depois de morta, Hugleice e o enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes, 48, colocaram o corpo da jovem, então estudante de Direito em um carro e o abandonaram num canavial plantado aos arredores da cidade de Sidrolândia.

A família de Maryelly fez à época protestos nas ruas pedindo à polícia que reforçasse a investigação para encontrá-la. Hugleice participava dos atos, mostrando frieza.

Ele foi preso em julho de 2011, mas solto em setembro daquele ano por força de decisão da primeira turma criminal do TJ-MS (Tribunal de Justiça de MS). Embora o caso tenha ocorrido sete anos atrás, ele ainda não foi julgado e responde o processo em liberdade.