O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, fez um apelo ontem (6/2), para o papa Francisco defender junto a Nicolás Maduro sua saída do poder do país latino.
"Eu peço a todos aqueles que podem nos ajudar a colaborar para o fim da usurpação, para um governo de transição e levar a eleições verdadeiramente livres", disse o opositor em entrevista a emissora italiana "Sky Tg24". O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela ainda pediu para o Pontífice ajudar Maduro a entender a necessidade de "avançar para um processo de transição ordenada que estabilize o país".
Em referência a um possível diálogo com a mediação de Francisco, Guaidó ressaltou que "o tempo é outro na Venezuela". No entanto, ele diz que ficará feliz em receber o Papa em seu país "muito católico, muito devoto, de grande tradição religiosa".
Na última terça-feira (5/2), o líder da Igreja Católica cogitou a hipótese de uma mediação da Santa Sé na crise na Venezuela, desde que seja um desejo dos dois lados. A declaração foi dada um dia depois de Maduro afirmar ter mandado uma mensagem a Jorge Bergoglio pedindo sua ajuda para instaurar um diálogo político no país.
"A grande autoridade moral que o Vaticano e o Papa têm, na melhor das hipóteses, facilita o processo de garantias para alguns que hoje se recusam a ver a realidade", finalizou Guaidó.