28 de março de 2024
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Indústria estadual abre mais de 2 mil empregos no Estado

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Nos últimos oito meses deste ano, foram abertos 2.128 postos formais de trabalho pelo setor industrial de Mato Grosso do Sul, que é composto pelas indústrias de transformação, de extrativismo mineral, de construção civil e de serviços de utilidade pública, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. O montante, ainda de acordo com os dados levantados, é em virtude de agosto ter sido mais um mês com saldo positivo na geração de empregos com a abertura de 1.037 vagas, sendo o melhor resultado mensal dos últimos 30 meses.

Na avaliação do presidente da Fiems, Sérgio Longen, a indústria é o grande referencial em termos de desenvolvimento de Mato Grosso do Sul e os empresários do setor têm trabalhado forte nessa direção. “Os números agradam a todos nós e, nesse sentido, a Fiems tem procurado atender as demandas das empresas instaladas, além de buscar novas opções para a diversificação da indústria no Estado. O Brasil volta a ter esperança e nós empresários, como demonstram os dados, também voltamos a acreditar que podemos superar essa grande crise criada no passado”, afirmou.

O coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, explica que, considerando apenas o ano de 2016, o saldo das contratações nas atividades industriais do Estado ficou positivo em seis dos oito meses com dados oficiais disponíveis. “Porém, nos últimos 12 meses, foram encerradas 2.477 vagas, mas o desempenho vem melhorando sistematicamente. Por exemplo, na comparação com o início do ano, os últimos 12 meses terminados em janeiro indicavam o fechamento de 9.003 vagas. Ou seja, o total de vagas encerradas na indústria estadual, no comparativo anualizado, se reduziu em 72%”, detalhou.

Principais segmentos

Ele explica que no mês de agosto os segmentos da indústria que mais geraram novos postos de trabalho foram a indústria da construção (+609), alimentos e bebidas (+315) e química (+81), enquanto no ano os maiores empregados foram a indústria da construção (+2.354), a de serviços industriais (+470), a de alimentos e bebidas (+334) e a de borracha, couro e diversas (+236). Já os vilões dos últimos 12 meses foram os segmentos da indústria química (-1.836), de têxtil e vestuário (-1.042), da indústria mecânica (-470), da indústria de produtos minerais não metálicos (-425) e da indústria de calçados (-406).

O conjunto das atividades industriais em Mato Grosso do Sul encerrou agosto de 2016 com 127.363 trabalhadores empregados, indicando aumento de 0,62% em relação a julho. “Com esse desempenho, o setor industrial segue com o 3º maior contingente de trabalhadores formais do Estado e responde por 19,6% de todo o emprego formal existente em Mato Grosso do Sul, ficando atrás dos setores de serviços, que emprega 194.950 trabalhadores e tem participação equivalente a 30%, e da administração pública, com 129.972 trabalhadores ou 20%”, acrescentou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

Especificações

Em Mato Grosso do Sul, de janeiro a agosto de 2016, ao todo 98 atividades industriais apresentaram saldo positivo de contratação, proporcionando a abertura de 4.850 vagas. Entre as atividades industriais com saldo positivo de pelo menos 100 vagas destacam-se construção de edifícios (+933), construção de rodovias e ferrovias (+738), obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações (+379), obras de terraplenagem (+320), geração de energia elétrica (+242), fabricação de celulose e outras pastas para a fabricação de papel (+213), montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas (+198), fabricação de brinquedos e jogos recreativos (+147), coleta de resíduos não-perigosos (+137), preservação do pescado e fabricação de produtos do pescado (+107) e abate de suínos, aves e outros pequenos animais (+104).

Por outro lado, no mesmo período, 112 atividades industriais apresentaram saldo negativo em Mato Grosso do Sul, proporcionando o fechamento de 2.722 vagas. Entre as atividades industriais com saldo negativo de pelo menos 100 vagas destacam-se fabricação de álcool (-301), fabricação de produtos de pastas celulósicas, papel, cartolina, papel-cartão e papelão ondulado (-251), fabricação de fogões, refrigeradores e máquinas de lavar e secar para uso doméstico (-182), obras de engenharia civil não especificadas anteriormente (-162), confecção de roupas íntimas (-130) e construção de redes de transportes por dutos, exceto para água e esgoto (-126).

Municípios

Em relação aos municípios, constata-se que em 50 deles as atividades industriais registraram saldo positivo de contratação no período de janeiro a agosto, proporcionando a abertura de 3.553 vagas. Entre as cidades com saldo positivo de pelo menos 100 vagas destacam-se Três Lagoas (+958), Aparecida do Taboado (+485), Água Clara (+338), Campo Grande (+188), Nova Andradina (+173), Mundo Novo (+166), Angélica (+143) e Maracaju (+139), sendo que as atividades que mais contribuíram nos municípios selecionados foram construção de edifícios (+876), construção de rodovias e ferrovias (+620), obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações (+378)

Por outro lado, no mesmo período, em 27 municípios as atividades industriais registraram saldo negativo, proporcionando a fechamento de 1.425 vagas. Entre as cidades com saldo negativo de pelo menos 100 vagas destacam-se: Bataguassu (-215), Eldorado (-200), Terenos (-160), Dourados (-159) e Paranaíba (-114), sendo que as atividades que mais contribuíram nos municípios selecionados foram fabricação de álcool (-380), abate de reses, exceto suínos (-297), fabricação de produtos de pastas celulósicas, papel, cartolina, papel-cartão e papelão ondulado (-263), fabricação de açúcar em bruto (-163), fabricação de laticínios (-126) e montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas (-116).