19 de abril de 2024
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COBRA NAJA

Inquérito aponta que traficantes, acadêmicos de medicina, praticavam crimes desde 2019

O caso de um dos suspeitos picados por uma cobra naja revela suposta organização criminosa

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Traficantes de animais, formado por quadrilha de estudantes de medicina e servidores públicos tinham esquema internacional de tráfico de animais silvestres exóticos, essa é síntese, do inquérito que apura crimes praticados pelo acadêmico de medicina que foi picado por uma cobra naja na 3ª-feira (7.julho) e levado ao Hospital Maria Auxiliadora, no Gama, internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Na mesma noite o soro antiofídico necessário para o tratamento do veneno, estocado pelo Instituto Butantan, de São Paulo, chegou a Brasília, local onde residia o homem picado, Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl, de 22 anos. Para entender o porquê o jovem teve contato com animal, foi aberto inquérito que agora indica esquema criminoso de tráfico de animais. 

Informações de testemunha, divulgadas no site Correio Braziliense, confirmam que o suspeito, que cursava medicina, comprava e vendia cobras exóticas desde 2019.

Ontem, a Justiça Federal da 1ª Região acatou o pedido do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para afastar uma servidora suspeita de conceder, ilegalmente, licenças para o transporte de animais desse tipo. Os beneficiados eram pessoas próximas, inclusive Gabriel Ribeiro de Moura, 24 anos, amigo de Pedro Henrique.

Estima-se que Pedro Henrique esteja ligado há, pelo menos, 18 serpentes exóticas, entre elas a naja kaouthia.

As investigações indicam que o esquema criminoso teria suporte da mãe de Pedro, a advogada Rose Meire Candido dos Santos, do padrasto, o tenente-coronel da Polícia Militar do Distrito Federal, Clóvis Eduardo Condi, e de outros três amigos de Pedro, incluindo Nelson Junior Soares Vasconcelos e Gabriel (preso na quarta-feira por atrapalhar as investigações e ocultar provas).

Em depoimento, um dos conhecidos de Pedro afirmou saber que o estudante mantinha cobras em casa e que o jovem comprava e vendia as serpentes. A testemunha relatou que Gabriel Ribeiro tinha ficado encarregado em esconder as cobras e completou ressaltando que os dois são “imaturos, mas articulados, descolados e, visivelmente, engajados com o tema de animais silvestres.

*Com informações do Correio Braziliense