24 de abril de 2024
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Julgamento de PRF que matou empresário é adiado após jurado passar mal

Novo julgamento deve acontecer daqui 48 dias, no dia 30 de maio, às 8h

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O julgamento do PRF (Policial Rodoviário Federal) Ricardo Hyun Soo Moon, que assassinou o empresário Adriano Correa, no dia 31 de dezembro de 2016, na Capital, foi remarcado por dissolução do conselho após um dos jurados passar mal.

O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida optou pelo cancelamento ao receber o atestado concedido pelo médico do gabinete do Fórum, no qual impedida o jurado de voltar para o julgamento.

Com isso, o julgamento será no dia 30 de Maio, às 8h, no Plenário do Tribunal do Júri, onde será iniciado do zero.

Crime

Por volta das 5h30 de 31 de dezembro de 2016, o PRF Ricardo Moon, que dirigia uma Pajero, se envolveu em uma briga de trânsito com o empresário Adriano Correia do Nascimento, que seguia em uma caminhonete Hilux, na Avenida Ernesto Geisel.

O empresário e o policial iniciaram uma discussão, quando Moon decidiu acionar a Polícia Militar. Instantes depois, após mais bate-boca, o PRF sacou sua pistola .40 e atirou contra os ocupantes do veículo, que além de Adriano, estavam mais dois homens.

O jovem de 17 anos que o acompanhava foi baleado nas pernas. Outro acompanhante no veículo, um supervisor comercial, de 48, quebrou o braço esquerdo e sofreu escoriações com a batida. Ambos foram socorridos e sobreviveram.

O policial ficou no local do crime e chegou até a discutir com uma das vítimas, mas não foi preso na ocasião, mesmo havendo policiais militares no local. Posteriormente, ele acabou sendo indiciado em flagrante ao comparecer na delegacia com um advogado e representante da PRF.

Em seu depoimento, Moon disse que agiu em legítima defesa depois de ter visto um objeto escuro que poderia ser uma arma, na mão de uma das vítimas, durante a tentativa de fuga do empresário com caminhonete. Ele também teria sido atingido pela camionete. No interior do veículo, os investigadores encontraram apenas celulares das vítimas.