25 de abril de 2024
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Petrobras garante venda da fábrica de fertilizantes de Três Lagoas e início da obra em abril

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O presidente da Petrobras, Pedro Parente, garantiu aos senadores Simone Tebet e Waldemir Moka e ao prefeito de Três Lagoas, Ângelo Guerrero, que será concluído em seis meses o processo de venda da Unidade de Fertilizantes III (UFN-III), construída no município. Eles se reuniram na tarde de ontem (30), na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro.

Pedro Parente afirmou que seis grandes grupos internacionais estão interessados na aquisição da fábrica e, por isso, o processo de licitação terá de ser um pouco mais lento, com uma etapa a mais.

A senadora Simone Tebet manifestou bastante otimismo, especialmente com a possibilidade concreta de geração de cerca de dois mil empregos diretos.  A área para a construção da UFN-III foi cedida durante a gestão de Simone Tebet como prefeita de Três Lagoas e a pedra fundamental da fábrica foi lançada enquanto ela era vice-governadora. “É uma luta de muitos anos. Agora, estamos mais perto de ver esse grande empreendimento se tornar realidade”, disse. 

Esta foi a terceira reunião realizada entre políticos de Mato Grosso do Sul e o presidente da Petrobras para tratar do assunto. O senador Waldemir Moka esteve presente nas três ocasiões, numa demonstração de defesa dos interesses de Três Lagoas e da região do Bolsão.

O prefeito Angelo Guerreiro ressaltou que além da geração de empregos, a fábrica de fertilizantes vai reduzir o custo do produto para o produtor rural e tornar o Brasil independente na produção de adubos.

Produção

A produção da fábrica será utilizada pela agricultura no preparo de adubo. A estimativa é de que a unidade de amônia tenha capacidade para produzir 2.200 toneladas/dia e a de ureia, 3.600 toneladas/dia. A planta será capaz de produzir ainda 290 toneladas/dia de CO2. A unidade utilizará como matéria-prima gás natural processado, com consumo médio previsto de 2,2 milhões m³/dia.

Devido à crise na Petrobras, a obra foi paralisada há quase três anos. A busca por outros investidores ocorreu porque no Plano de Negócios e Gestão da Petrobras 2017-2021 foi excluída a produção de fertilizantes.

As obras da UFN-III tiveram início em setembro de 2011 e foram interrompidas em dezembro de 2014, com mais de 80% da obra concluída.

A expectativa é de que com a transferência do ativo da fábrica para o comprador, a conclusão do empreendimento ocorra rapidamente.