20 de abril de 2024
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PANDEMIA

Prefeito diz que "não haverá lockdown" em Campo Grande

O prefeito também condenou a prática de fake news. "Vai se transformar em crime", disse

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O prefeito Marquinhos Trad (PSD) disse hoje, 3ª-feira (14.julho) que a Prefeitura de Campo Grande não decretará lockdown (do inglês, fechar tudo) diante da escalada de casos do novo coronavírus. A especulação, de acordo com o gestor é necessário reduzir a circulação e haverá sim, novas diretrizes. “Haverá medidas restritivas, mas não com fechamento de bares, não com fechamento dos shoppings”, esclareceu o prefeito. 

Marquinhos tem alertado às pessoas não estão obedecendo as regras impostas, incluindo o toque de recolher das 20h às 5h.

Campo Grande registrou em 15 dias, 42 óbitos, isso é, um óbito a cada oito horas. O próprio prefeito chegou a falar, por duas vezes, que o lockdown seria a próxima alternativa. Mas nesta tarde ele recuou da medida. 

Setores que já sofrem efeitos da crise, principalmente os empresários do setor de comércio veem o ‘lockdown’ temor. Marquinhos também condenou a prática de fake news. "É corrupção, é corrupção da verdade. Fake news não tem nada a ver com liberdade de expressão. Por isso vai se transformar em crime", disse o prefeito lembrando que o tema tramita no congresso para que vire Lei e possa ser imputada judicialmente a pessoa que praticar fake news no Brasil. 

O prefeito também disse, que desde o dia 10 de julho, quando o decreto municipal trouxe para às 20h o toque de recolher encolheu o número de entradas em hospital de pessoas com traumas. Entre os dias 1º a 3 de julho, tivemos entrada no pronto socorro da Santa Casa, 84 pessoas. Entre os dias 8 a 10 de julho, 41 pessoas. "Quase 51% a menos. Essas pessoas, uma boa parte delas ocupou leitos de UTI que estão indisponíveis para a Covid-19", disse Marquinhos.  

VEJA O LIVE DE HOJE DO PREFEITO DE CAMPO GRANDE (MS)

EXEMPLO

Nos Estados Unidos, a mediada de abrir para o comércio sortiu efeito negativo. O governador Gavin Newsom, da Califórnia, ordenou ontem que todos os municípios interrompam quaisquer atividades públicas realizadas internamente — a lista inclui refeições em restaurantes, bares, visitas a vinícolas, salas de degustação, cinemas, centros de entretenimento, zoológicos e museus. “Cabe a todos nós reconhecer sobriamente que o Covid-19 não vai desaparecer tão cedo.” O prefeito de Houston propôs uma paralisação de duas semanas em toda a cidade para o governador do Texas, Greg Abbott, já que infecções e hospitalizações por coronavírus continuam aumentando.

 A governadora de Oregon, Kate Brown, proibiu encontros em locais fechados com mais de dez pessoas e exigirá máscaras ao ar livre. Enquanto o presidente Donald Trump está numa cruzada por reabrir o país, preocupado com sua reeleição, o movimento nos estados virou rapidamente no sentido contrário. Os números, principalmente nos locais onde a pandemia não havia gerado muitos casos, voltou a acelerar. No país, há 3,4 milhões de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus, segundo dados da UJH. São mais de 135 mil mortos.