28 de março de 2024
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Aedes aegypti

Região do Alves Pereira recebe força-tarefa de combate ao Aedes aegypti

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Como forma de intensificar os trabalhos de combate ao mosquito Aedes aegypti – transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya, a Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) ligada a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), está realizando uma força-tarefa na região do Alves Pereira, a fim de eliminar criadouros e focos do mosquito. A ação acontece até a sexta-feira (07) e envolve um efetivo de mais de 50 servidores, entre agentes de saúde, endemias e contratados do Programa de Inclusão Social (PROINC).

Conforme o último Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LiRaa) divulgado na semana passada, a região do Alves Pereira juntamente com a área da UBSF Azáleia aparece com o segundo maior índice de infestação predial (8.1%), ficando atrás apenas da área da UBSF Jardim Paradiso (9.1%). O índice considera a quantidade de imóveis visitados e a presença de focos. Ou seja, de cada 100 imóveis, na região do Alves Pereira, por exemplo, de cada 100 casas visitas em 8 foram encontradas focos.

O trabalho consiste na vistoria de imóveis e principalmente terrenos baldios, além da eliminação de focos e recolhimento materiais inservíveis potenciais criadouros do aedes e orientações sobre os cuidados para evitar a proliferação do mosquito.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Marcelo Vilela, o objetivo é potencializar as ações, principalmente nas regiões mais criticas, para evitar que em um futuro próximo o município volte a enfrentar novas epidemias da doença.

“O foco da gestão é trabalhar na prevenção. No entanto, neste momento se faz necessários algumas medidas pontuais para potencializar este trabalho.  Desta forma nós vamos reduzir os riscos de aumento no número de casos das doenças causadas pelo mosquito em nosso município”, diz.

O secretário lembra que o poder público está fazendo a sua parte intensificando as ações, através do trabalho de rotina e do fumacê, mas é extremamente necessário que cada um faça a sua parte.

“É sabido que 80% dos focos do aedes estão dentro das casas. Portanto, mais do que nunca é preciso a união de todos nesta luta. Somente assim vamos continuar vencendo a batalha contra esse mosquito”, complementa.

Dados

Em 2018, Campo Grande registrou o menor número de casos notificados de Dengue dos últimos quatro anos. Resultado do trabalho de planejamento e estratégias adotadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) no combate ao mosquito Aedes aegypti ao longo dos últimos dois anos. Apesar do saldo positivo, a instabilidade climática proporciona um aumento natural na proliferação do mosquito, que é potencializado pelo descarte ou armazenamento inadequado de materiais acumuladores de água e, consequentemente, traz riscos à população.

Conforme série histórica extraída do boletim epidemiológico da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV), de janeiro a novembro de 2015, foram registrados 7.903 casos notificados da doença. No mesmo período de 2016, foram 28.158 notificações, enquanto que em 2017 foram 2.910 casos e em 2018 o número de notificações reduziu para 1.828, ou seja, mais da metade.