18 de abril de 2024
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Sem acordo, bancários fazem protesto no centro da Capital

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A greve dos bancários está completando duas semanas. Com as negociações sem avanços e encerradas com a Federação Nacional dos Bancos, os trabalhadores vão para as ruas do centro de Campo Grande, nesta terça-feira (20).

A caminhada vai começar, às 16h, no Bradesco da rua 13 de maio, e depois passa pelas agências da Caixa Econômica, Santander, HSBC, Itaú e chega até o Banco do Brasil, na esquina da Avenida Afonso Pena.

O protesto é para demonstrar a indignação da categoria com as negociações com a Fenaban. Após oito rodadas de reuniões, os bancos estão intransigentes e insistem num reajuste de 7%, um índice abaixo da inflação, mesmo com lucros exorbitantes de R$ 30 bilhões no primeiro semestre deste ano. Por outro lado, a categoria reivindica 14,78%, sendo que apenas 5% é ganho real.

“61% das categorias de setores da economia menos lucrativos tiveram reajuste igual ou superior à inflação no primeiro semestre deste ano. Por isso, é inadmissível que o setor mais lucrativo desse país trate com tanto descaso os seus funcionários, impondo perdas de 2,39% aos bancários, já que insistem em não repor nem a inflação.”, comentou o presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, Edvaldo Barros.

O presidente do sindicato lembra ainda que os banqueiros não querem negociar outras questões importantes, como: mais funcionários nas agências, para que a população seja atendida nas unidades bancárias e sem filas; mais segurança, como forma de prevenção contra assaltos e sequestros; melhores condições de trabalho; entre outros. “A Fenaban precisa apresentar uma proposta que realmente contemple toda a categoria. Enquanto isso não acontecer, nossa resposta está nas ruas, nas agências, com a nossa greve aumentando”, ressaltou.

Neste 15º dia de greve, pelo menos 138 unidades bancárias estão sem atendimento em Campo Grande e região. Número que representa 86% das 160 agências existentes.