25 de abril de 2024
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Série espanhola chega a Netflix para questionar o papel da mulher na sociedade

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O Século XX definitivamente entrará para a história como um período de intensas mudanças. Dentre elas, é possível destacar um verdadeiro despertar feminino contra sociedade machista que até hoje tenta ditar seu comportamento. A partir daí, as mulheres começaram a se organizar como sujeito político e questionar os dogmas e preconceitos enraizados na cultura moderna.

Nesse cenário, as produções televisivas se transformaram em plataformas para divulgar o empoderamento feminino, com cada vez mais personagens independentes e donas do próprio destino. Para cumprir esse papel, chega dia 23 de novembro na Netflix a série “Fugitiva”, produzida pela RTVE, a corporação de rádio e televisão espanhola, que será distribuída pelo canal de streaming. 

“Fugitiva” acompanha a história de Magda Escudero (Paz Veja), uma ex-modelo mexicana que vive com constante medo do marido, o empresário controlador Alejandro Guz (Julio Bracho). Ao longo de seu casamento, essa mulher viu sua personalidade murchar frente às agressões diárias que sofria e suas obrigações como matriarca da família.

Porém, em meio às negociações de Alejandro com uma importante figura espanhola, Magda e os filhos são sequestrados por um violento grupo, o que obriga a personagem a resgatar sua coragem e força de vontade, pois só assim terá chances de sobreviver aos quatro dias mais assustadores de sua existência. Nesse sentido, apesar de extremamente perigoso, esse incidente se torna uma experiência libertadora para Magda, capaz de restituí-la ao papel de mulher destemida de outrora. 

Apesar da série ser basicamente um thriller de ação com cenas no México e na Espanha, aproveita para levantar importantes questionamentos sobre o papel da mulher na sociedade atual. Afinal, mesmo com os avanços femininos na luta contra o preconceito, a desigualdade de gênero ainda é uma realidade contribuinte para propagação de uma cultura que banaliza agressões e assédios. Por isso, quando uma produção como “Fugitiva” se dedica a denunciar esse cenário, merece um lugar na Netflix.