29 de março de 2024
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Sindicalistas

Sindicalistas cobram suporte para retorno de 8h de trabalho; 16 mil serão afetados

Governo deve dialogar com sindicalistas hoje e amanhã; vários pontos da mudança estão em discussão

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Diversos representantes de sindicatos estiveram reunidos, na manhã desta segunda-feira (11), para dialogar com o Governo do Estado quanto à possibilidade do retorno da jornada de trabalho de seis para oito horas.

Representantes reclamaram de não terem sido ouvidos antes da apresentação da minuta do decreto. Cerca de 16 mil servidores serão atingidos pela nova medida.

A presidente do Sindsad (Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos da Administração  do Estado de MS), Lilian Fernandes, se mostrou contrária à proposta.

"Sou contra da forma do jeito que está. São enes situações, uma porque a carga horária de 7h30 para 17h30 não vai comportar o número de servidores aqui. Não tem ônibus suficientes e quem sai às 17h30 acaba ficando vulnerável quanto à questão da segurança nos pontos. Fora que serviços como a Funtrab e o Procon não podem fechar para a hora do almoço, onde muitas pessoas vão nestes horários para resolver problemas", explica.

Lilian defende o decreto adotado em 2004, na época do ex-governador Zeca do PT. "Não era apenas pela questão do custeio, mas esses problemas também estavam inseridos. Tem outra questão, a hora do almoço vai ser de uma ou duas horas? Mas como as pessoas vão almoçar? Não tem microondas, não tem refeitório. E mais, o público não vem aqui, só prefeitos. Então, passa uma visão que seria um privilégio, mas não é. Não estamos nos negando a trabalhar oito horas. Mas é preciso elaborar melhor as propostas. Do jeito que a minuta está, não concordo".

Sindafaz

Jacilene Ferreira da Silva, representante do Sindicato de Apoio Fazendário, afirma que os servidores ficaram muito 'aborrecidos'. "Nós falamos ao secretário que o sindicato não é inimigo do Governo, queremos andar junto e debater com ele. Achamos precipitado soltarem na mídia essa questão da volta de horário e do PDV sem ter conversado com os sindicatos".

Quanto ao PDV, Jacilene também questiona: "vão ser reduzidos os cargos em comissão? O servidor está taxado de culpado de tudo".

Sindasp/MS

Para o representante do Sindasp/MS (Sindicato dos Agentes Patrimonial Público do Estado de Mato Grosso do Sul), Geraldo Celestino, a volta do horário de trabalho não afeta a categoria por conta de ter uma jornada de trabalho diferenciada.

"Mas estamos solidários. Vemos isso como forma de punição para os demais servidores. E outra, correm o risco de trabalharem mais tempo e, por conta da lei de responsabilidade, não receberam aumento", finaliza.