29 de março de 2024
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EDUCAÇÃO

Sindicato denuncia projetos para privatizar Universidades Públicas em MS

"O objetivo final é entregar este patrimônio e lucrar com a cobrança de mensalidades"

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O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Institutos Federais de Ensino de MS (SISTA/MS), alerta que universidades estão sendo atacadas por projetos polítivos que tramitam no Congresso Nacional, de acordo com o alerta, as poucas universidades públicas de Mato Grosso do Sul estão prestes a serem entregues à empresas tercerizadas. 

Segundo o coordenador geral do SISTA/MS, Waldevino Basílio, o sucateamento das univesridades e o ambandono das autoridades é proposital, para que haja linhas para observação de motivos de privatizar. “O objetivo final é entregar este patrimônio para a inciativa privada lucrar com a cobrança de mensalidades”. 

O SISTA/MS tem somado forças com a ADUFMS, DCE UFMS e ADUEMS, para protestar e informar a opinião pública sobre essas ameaças contra as educação superior pública. 

No início desse mês, representantes de todas essas entidades foram para as ruas no dia (6), Dia Nacional de Defesa da Universidade Pública, com faixas, cartazes, serviço de som e entrega de panfletos para a comunidade, informando sobre o perigo que as universidades correm se essas medidas forem tomadas.

De acordo com o coordenador geral do SISTA/MS, Waldevino Basílio, o sindicato e demais entidades mencionadas defendem os seguintes pontos:

- Escola sem mordaça, pela liberdade de ensino e de expressão;

- Pela revogação da Emenda Complementar 95/2016 (Pec da Morte);

- Por mais verbas para a Capes/CNPQ;

- Contra o corte de bolsas para os estudante se pesquisadores;

- Não à cobrança de mensalidades nas universidades lpúblicas;

- Pela garantia da autonomia e da democracia interna nas universidades com a indicação do(a) candidato(a) mais votado(a) para Reitor(a);

- Paridade nos Conselhos Superiores e instâncias colegiadas;

- Ampliação da política de assistência estudantil;

- Ingresso na carreira somente por concurso público e não à terceirização.

Cleo Gomes, coordenadora do sindicato, presente à manifestação, lembra alguns aspectos altamente positivos das universidades públicas, como por exemplo: “O ensino nas universidades públicas é incomparavelmente melhor que nas universidades privadas. Elas produzem 80% do conhecimento científico”, afirma.

Num panfleto impresso para distribuição pública o SISTA/MS afirma ainda que a universidade pública efetivamente contribui para solução dos problemas sociais e tecnológicos da sociedade. “Nós nos orgulhamos de trabalhar nas melhores universidades do Estado”, afirma Diana Passos, coordenadora de comunicação do sindicato. Por esses e outros motivos, segundo ela, a universidade pública tem que receber maiores investimentos para que ela aumente o leque de benefícios junto à sociedade.

PRIVATIZAÇÃO 

Waldevino Basílio informou ainda que dentro do Congresso Nacional existem inúmeros projetos visando privatizar ou terceirar as Universidades públicas. “O objetivo final é entregar este patrimônio para a inciativa privada lucrar com a cobrança de mensalidades”, afirma.

“Quanto custaria um curso de Medicina, Direito, Odontologia... numa universidade privada? O que seria feito dos Cursos “não rentáveis”, com poucos alunos e alto nível de evasão?” questiona o coordenador geral do SISTA/MS.

O maior patrimônio da UFMS, segundo Basílio,  são as pessoas e todos devem ser tratados igualmente. A Universidade deve se pautar e respeitar a liberdade de pensamento e a manifestação democrática de todos. “Estas diretrizes estão previstas no Estatuto e no Regimento interno da Instituição”, lembra.

“Não é o que se vê na prática”, critica Basílio lamentando que durante a escolha dos dirigentes, seja mantida a proporcionalidade de 70% para docentes e 15% para Técnicos Administrativos e discentes. “Isso quer dizer que 1 voto de Professor equivale a 7 votos de Técnicos-administrativos e a 7 votos de discentes. No Conselho Universitário e Conselho Diretor, são mais de 50 professores e, apenas 2 Técnicos”, um absurdo, ressalta.