29 de março de 2024
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Reajuste

Trad garante que vai vetar reajuste dos vereadores se impactar nas contas do município

'Uma coisa adianto, se esse aumento dos vereadores tiver que impactar nos cofres da prefeitura, eu vou vetar', declarou

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Aprovado em regime de urgência no dia 6 de dezembro pelos vereadores de Campo Grande, o projeto que solicita reajuste salarial dos 29 vereadores está nas mãos do prefeito Marquinhos Trad (PSD). Ele destaca que vai analisar o texto constitucional e garante que, se a solicitação impactar nos cofres da prefeitura, será vetada.

“O aumento dos vereadores está na Procuradoria Geral do Município e eu vou analisar como analisei todos os projetos de lei que foram por mim e para mim encaminhados pela Câmara Municipal. Uma coisa deve ficar bem clara, a iniciativa é da Câmara Municipal, não é do prefeito. Eu vou ver a legalidade, a questão constitucional e a técnica redacional. Uma coisa adianto, se esse aumento dos vereadores tiver que impactar nos cofres da prefeitura, eu vou vetar”, disse Trad.

Se for aprovado, o reajuste deve ser aplicado de modo gradual a partir de janeiro do ano que vem. Hoje, a remuneração mensal do vereador é de R$ 15 mil e, com o aumento completo, alcança a cifra de R$ 19 mil. O Chefe do Executivo afirma que se tiver que elevar o repasse percentual que faz para a Casa de Leis, vai barrar o projeto.

“Por determinação constitucional eu tenho um percentual de repasse mensal, todo mês eu repasso até 4,5% impostos pela Constituição, se eu tiver que elevar um numeral desse repasse eu veto. Se não impactar, eu vou analisar o texto constitucional legal. Eu não posso ver o aspecto moral, eu tenho eu ver o aspecto legal”.

Reajuste Prefeito

O aumento do salário do prefeito também está sendo analisado pela Câmara Municipal por meio de uma emenda a lei orgânica de Campo Grande. Se aprovado, o salário de Marquinhos pode passar de R$ 20 mil para R$ 28 mil a partir de janeiro do ano que vem. Em 2020, o salário sobe para R$ 31,5 mil, e em 2021 chegará a R$ 35 mil.   

O prefeito afirma que os vereadores devem analisar o projeto e destaca que não tem como pedir para que a proposta seja vetada. “Reajuste meu, início meio e fim é com a Câmara Municipal. Eu não tenho como pedir para vetar, eu só digo o seguinte, se eles impuserem algo acima do que o cidadão comum recebe, eu sou trabalhador igual a qualquer assalariado. Eu sou trabalhador comum. Não interessa se tem impacto, não é justo o prefeito receber mais do que o trabalhador, ainda que possa merecer”.