16 de abril de 2024
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EXECUÇÃO | FEMINICÍDIO

'Detetives': Givaldo mandou matar Zuleide por medo de ser colocado para fora de casa

Esposo chamou enteado da vítima para execução e teve ajuda de conselheira espiritual para atrair a mulher até o local da emboscada

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Em Dourados, o crime contra a empresária e detetive particular Zuleide Lourdes Teles da Rocha, 57 anos - que aconteceu na tarde de sábado (19.jun.2021) - foi esclarecido. O mandante do crime foi o próprio marido, Givaldo Ferreira Santos, 62 anos, com quem a vítima possuía uma empresa de segurança.

Segundo informações da mídia local, o corpo de Zuleide foi encontrado em uma mata nas imediações da Rua Criciúma, Bairro Vival dos Ipês e informações apontavam que ela teria caído em uma emboscada.

Ainda ontem, com as investigações do Setor de Investigações Gerais (SIG), quatro pessoas foram presas, entre elas o próprio marido da vítima, uma mãe de santo que seria "consultora espiritual" de Givaldo e dois homens, um que teria efetuado o disparo e outro que ficou com o neto de Zuleide (um menino de sete anos) no carro, enquanto a avó era executada com um tiro na cabeça.

Sueli da Silva, de 56 anos, é a conselheira espiritual que teria atraído Zuleide para a emboscada. José Olímpio de Melo Júnior, de 32 anos, que é escriturário, ficou cuidando do garoto e Willian Ferreira Santos, de 25 anos, que era enteado de Zuleide, seria o responsável pela execução.

Apurações indicam que a criança foi deixada em um canteiro de obras no Residencial Vival dos Ipês, e que Givaldo (que estava em um distrito de Itaporã), primeiro buscou o neto para depois procurar a polícia.

Enquanto Givaldo e José foram presos em Dourados, Sueli foi presa durante fuga para Campo Grande, quando estava em Rio Brilhante. Willian também foi interceptado por policiais militares na rodoviária de Jaciara, no Mato Grosso, sendo que ele se dirigia até a cidade de Cáceres.

De acordo com o delegado responsável, Erasmo Cubas do Setor de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil de Dourados, Givaldo disse que "não teve coragem de matar" a própria mulher e por isso pediu ajuda. Em depoimento esclareceu que, há cerca de três anos, o casal vivia apenas de aparência.

Com um negócio juntos, o patrimônio do casal, que girava em torno de R$ 2 milhões, estava todo no nome de Zuleide. Gilvado disse que a esposa estava ameaçando colocá-lo para fora de casa e que, assim sendo, não sobraria nada para ele.

O caso continua sendo investigado e novas depoentes devem ser ouvidos. 

** (Com informações Dourados Agora; MS em Foco e Dourados News)