29 de março de 2024
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Lava Jato

Cerveró se cala em depoimento à Polícia Federal

Durante segundo depoimento, ex-diretor da Petrobras permaneceu em silêncio

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O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró permaneceu calado durante o segundo depoimento à Polícia Federal, que aconteceu na tarde de ontem em Curitiba.

Cerveró seguiu a orientação do advogado Beno Brandão. A defesa de Cerveró questiona legitimidade da participação do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações penais oriundas da Operação Lava Jato, da PF, na primeira instância.

A defesa entende que a competência de juízo não é de Curitiba e sim do Rio de Janeiro onde fica a sede da Petrobras, por isso pede a transferência do processo.

O assunto deste depoimento foi a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Segundo o advogado de Cerveró foram feitos dez perguntas ao ex-diretor

Cerveró é réu em uma ação penal da Lava Jato por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro e está preso desde 14 de janeiro. O ex-diretor da estatal foi preso no Rio de Janeiro, quando voltava de uma viagem a Londres. 

A prisão aconteceu depois da descoberta de que Cerveró tentou resgatar quase R$ 500 mil de um plano de previdência privada para transferir para outro em nome da filha, Raquel Cerveró.

O primeiro depoimento de Cerveró aconteceu dia 15 de janeiro. O ex-diretor falou durante três horas e meia e respondeu perguntas sobre as movimentações financeiras e contratos dos navios-sonda. 

Os advogados de Cerveró tentam reverter a prisão, porém, o pedido de habeas corpus foi negado pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), em Porto Alegre (RS).