28 de março de 2024
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Europa endurece medidas de combate ao terrorismo

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Reflexo imediato do ataque à redação do semanário satírico Chalie Hebdo, o governo francês pretende ampliar os investimentos em segurança e aprovar uma nova lei antiterrorismo mais rigorosa. Para o premiê Manuel Valls, o país enfrenta uma grande ameaça, que deve durar de dois a três anos, e precisa reagir. A principal ação deve ser impedir a ida de franceses para campos de batalha de grupos radicais islâmicos no Oriente Médio. O atentado terrorista e a ação policial para deter os agressores resultaram na morte de 17 pessoas na capital francesa, Paris, e arredores.

Ainda segundo Valls, será necessário mais investimentos em inteligência. O primeiro ministro tentou amenizar as falhas do sistema de inteligência, que sabia da radicalização dos irmãos Kouachi, mas não pôde evitar o atentado. A crítica é que a polícia francesa sabia da ida do irmão mais velho ao Iêmen, em 2011, mas não monitorou as ações dele. Said Kouachi disse a uma emissora de TV francesa que agiu sob comando do braço iemenita da Al Qaeda.

Em outro flanco das medidas de aumento das medidas antiterrorismo, o presidente François Hollande disse que serão tomadas precauções em nível europeu. Ministros do Interior de 12 países do bloco, incluindo Reino Unido, Espanha, Itália e Alemanha, reúnem-se neste domingo (11), em Paris. Do encontro também participarão do encontro o secretário de Justiça americano, Eric Holder, e os comissários da União Europeia para imigração e de combate ao terrorismo.

Existe a expectativa de que seja anunciada uma nova ofensiva contra o terrorismo no Oriente Médio. Franceses, britânicos e americanos participam das operações contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria. Além disso, os países europeus devem anunciar a imposição de normas mais rigorosas para a entrada de imigrantes, assim como aumentar o controle na saída e na volta dos europeus que formam as filas de grupos radicais islâmicos.

Brasil 247