28 de março de 2024
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Ex Presidente

Lula reage e processará criador de falso câncer

A notícia foi reproduzida em jornais do Grupo Folha

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Ex-presidente Lula entrou com uma interpelação judicial contra o jornalista Leandro Mazzini, no Fórum Criminal de SP, por publicar em sua coluna a falsa notícia de que ele teria feito um tratamento sigiloso no Hospital Sírio-Libanês contra um câncer no pâncreas no início de 2014; ele pede ainda esclarecimentos sobre dados como o suposto uso do medicamento Bevacizumab; informação do UOL foi reproduzida nos veículos do Grupo Folha; Instituto Lula classificou o texto de Mazzini como 'peça de ficção'

O ex-presidente Lula levou à Justiça o caso da falsa notícia divulgada pelo UOL sobre a volta de seu câncer. Segundo a colunista Mônica Bergamo, Lula ingressou nesta segunda (19) com interpelação judicial contra o jornalista Leandro Mazzini que publicou em sua coluna "Esplanada" a informação de que ele teria feito um tratamento sigiloso no Hospital Sírio-Libanês contra um câncer no pâncreas no início de 2014. A notícia foi reproduzida em jornais do Grupo Folha.

O texto dizia ainda que o “ex-presidente não faz tratamento intensivo no hospital – onde se curou do primeiro câncer – porque estaria tomando diariamente um medicamento importado dos Estados Unidos, que custa cerca de R$ 30 mil por mês (ainda não comercializado no Brasil). Seria sob o princípio do Bevacizumab, com uma versão mais recente e potente do popular Avastin, que ameniza o quadro clínico e a dor, e evita a quimioterapia”.

Advogados de Lula declaram que “o jornalista faltou com a verdade” e pedem, na medida protocolada no Fórum Criminal de SP, esclarecimentos sobre a citação do medicamento. "O remédio não é usado ou recomendado pela literatura médica para tratamento de câncer." 

Em nota, o Instituto Lula também reagiu à publicação e classificou o texto de Mazzini como 'peça de ficção'.

O jornalista, no entanto, insiste no conteúdo da coluna. "Confio nas minhas fontes, e todos foram procurados antes da publicação e preferiram não falar", afirma o jornalista (leia aqui).