19 de abril de 2024
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Oposição cochila e FHC e Repsol viram alvos da CPI

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Considerando a CPI da Petrobras instalada no Senado como 'chapa branca', os senadores de oposição mantiveram na reunião desta terça-feira 27 a postura de não comparecer à reunião que ouviu, a partir do período da manhã, a presidente da estatal, Graça Foster. E se deram mal com a ausência. Menos por terem perdido a chance de fazer perguntas à executiva, que repetiu o que já dissera nas duas vezes anteriores em que compareceu ao Congresso – e mais porque abriram a guarda para os governistas partirem para o ataque contra a gestão da estatal no período em que Fernando Henrique Cardoso ocupava o Palácio do Planalto (1995-2002). A CPI aprovou a requisição de documentos ao STJ do processo que corre em sigilo de Justiça a respeito da troca de ativos entre a Petrobras e a Repsol, em dezembro de 2001. Com isso, o potencial de incômodo para FHC e seus executivos à época é grande. Enquanto a multinacional espanhola, em dezembro de 2001, cedeu à estatal brasileira a refinaria de Bahía Blanca, recebeu em troca participações em duas grandes refinarias brasileiras e mais 750 postos de combustíveis em diferentes cidades do País. Um negócio e tanto para os espanhóis, que pode ter gerado um prejuízo de US$ 2,5 bilhões para a companhia nacional (aqui). Na sessão desta terça, Graça Foster insistiu que a compra da refinaria de Pasadena, pela Petrobras, em 2006, foi um bom negócio "naquele momento", mas que depois, em razão de mudanças no mercado petrolífero, passou a não ser mais.  Ela apontou falhas no resumo executivo que foi levado à apreciação do Conselho de Administração da companhia, considerando "falho" em aspectos fundametais para a informação dos conselheiros. Brasil 247