19 de abril de 2024
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Pernas e braços são encontrados em saco de lixo em área nobre de SP

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A Polícia Militar de São Paulo encontrou no domingo, 23, partes de um corpo humano esquartejado em sacos plásticos espalhados pelas ruas de Higienópolis, bairro nobre na região central da capital paulista. Até o início da noite, três equipes do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, faziam buscas atrás da cabeça e dos dedos que foram arrancados do corpo para tentar identificar a vítima.

Segundo a PM, dois pedaços de pernas e dois pedaços de braços foram localizados por um morador de rua que vasculhava o lixo por volta das 9h, na esquina das ruas Sabará e Sergipe, próximo ao Cemitério da Consolação. Ele relatou o fato a um comerciante local, que telefonou para a polícia.

Um pouco mais tarde, por volta das 12h, os policiais encontraram o tronco do corpo, sem a pele, em saco plástico abandonado na rua Coronel José Eusébio, próximo à esquina com a Rua Mato Grosso, atrás do cemitério. Perto dali, na Rua da Consolação, uma mulher localizou duas coxas em outro saco despejado na calçada e acionou a PM.

Os policiais que atenderam à ocorrência acreditam que, pelo porte físico, a vítima seja um homem, de aproximadamente 30 anos. As partes da genitália e das nádegas também foram decepadas. Os membros esquartejados foram levados para o Instituto Médico Legal (IML), na zona oeste da capital paulista. Somente a perícia poderá apontar se todos os membros localizados são da mesma pessoa.

O caso foi registrado no 78.º Distrito Policial (Jardins), mas já está sendo investigado pelo DHPP. Durante a tarde, o delegado Itagiba Franco, diretor do departamento, acompanhou as buscas dentro do cemitério e pelas ruas da região. A polícia pretende usar imagens de câmeras de segurança de condomínios e comércios da região, da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da Guarda Civil Metropolitana (GCM) para tentar identificar quem abandonou os sacos com os membros decepados nas vias e, possivelmente, quem esquartejou a vítima.

As ruas onde os membros foram localizados são ocupadas, principalmente, por comércios que não estavam abertos. Dois moradores da região, que pediram para não ser identificados, disseram à reportagem que problemas de iluminação nas ruas ao redor do cemitério facilitam a prática de crimes.

Agência Estado