29 de março de 2024
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Sem Dilma, Padilha assume missão quase impossível

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O ex-ministro Alexandre Padilha teve de amargar uma notícia difícil na véspera da convenção do PT que, neste domingo, vai oficializar sua candidatura ao governo do Estado. Alegando um jantar com a chanceler alemã Ângela Merkel, a presidente Dilma Rousseff adiantou que não poderá estar em São Paulo para participar da festa para Padilha. O ex-presidente Lula, que lançou o nome do ex-ministro, ficará com a missão de ser o principal orador para empolgar os convencionais. Noticiou-se que Padilha chegou a ficar irritado ao saber que a presidente não vai comparecer. Neste sábado, o PMDB oficializou a candidatura do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, ao Palácio dos Bandeirantes. Em duas ocasiões, em jantares com a cúpula peemedebista, em Brasília, Dilma anunciou que o nome de Skaf lhe é muito interessante para tentar derrotar a reeleição do governador tucano Geraldo Alckmin. A presidente considerou que sua melhor estratégia é ter dois candidatos em São Paulo. Padilha está com perto de 3% de intenções de votos nas pesquisas eleitorais, contra 20% para Skaf, que tem metade do que possui Alckmin. Entre tentar catapultar Padilha ou fazer um gesto para o empresário, a presidente demonstra que vai preferindo agradar ao segundo. O gesto de Dilma é forte. O ex-ministro da Saúde está apostando todas as suas fichas na ligação com o governo federal e seus mais diferentes programas. A falta da presidente na foto do lançamento de sua candidatura certamente lhe custará muitas perguntas de jornalistas e dúvidas entre a militância petista. O evento deste domingo, afinal, é bastante formal, do ponto de vista legal. É o lançamento oficial da candidatura dele. Até aqui, nada tem dado certo para a candidatura de Padilha. Sua principal iniciativa, a caravana Horizonte Paulista, foi barrada pela Justiça Eleitoral e o PT levou uma multa pesada pela realização do que foi considerado como campanha antecipada. Ele não tem conseguido crescer nas pesquisas. Logo no início da jornada, precisou explicar-se em relação a uma não provada proteção ao laboratório Labogen, do doleiro Alberto Youssef, preso pela Operação Lava Jato, que seria coordenada pelo ex-vice-presidente da Câmara André Vargas. Ainda não houve, da parte da campanha, a criação de um fato positivo sólido a favor de Padilha. Brasil 247