23 de abril de 2024
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ACICG declara insatisfação com aumento dos impostos de ICMS e ITCD

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Na manhã desta sexta-feira (30), aconteceu uma coletiva de imprensa na sede da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), com objetivo de esclarecer à sociedade sul-mato-grossense a indignação dos sindicatos com o aumento dos impostos de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviço) e ITCD (Imposto Sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação).

Na ocasião estava presente Pedro Chaves representado a maçonaria, que diz confiar no apoio da imprensa para que os números de aumento dos impostos considerados exorbitantes pelos representantes das entidades presentes, cheguem ao conhecimento da sociedade. “Eu como ex-reitor da Uniderp, sempre contei com o apoio integral da imprensa, por que vocês na verdade são formadores de opinião, e quero agradecer a presença de todos e dizer que esse impostos que estão sendo propostos são na verdade, extremamente perversos, a qualquer um dos dois,” comentou Pedro Chaves.  Ele disse ainda que o imposto sugerido do ITCD de 300% e isso é inaceitável.

A maior preocupação dos comerciantes é com relação ao aumento dos impostos sobre os produtos de cosméticos e bebidas, esse aumento seria de 15,79% somente sobre os perfumes.

O representante da Sinprofar-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos), disse que independente do tamanho do comercio a expectativa é que com os aumentos dos impostos as vendas diminuam, e que provavelmente os clientes vão fazer suas compras nos estados vizinhos “ por que as pessoas vão tentar buscar alternativas, e nós não vamos ter preço para oferecer, por que para um comércio o importante é preço, para manter as vendas.E o pior, o desemprego na nossa atividade que é o ramo de farmácia tem crescido a cada dia, e a preocupação no geral é com lojas fechando, as pessoas estão comprando menos, e o que mais preocupa com esse aumento dos impostos é a colocação errada que foi feita pelo governo, achando que isso vai aumentar a arrecadação, quando isso na verdade vai diminuir o consumo, as pessoas vão procurar sempre comprar onde tem um preço menor, e nós da Sinprofar, já tivemos uma diminuição drástica de 20% nas nossas atividades.”

O principal questionamento do primeiro secretário da ACICG Roberto Oshiro é com relação as distinções dos produtos considerados supérfluos, segundo ele, no texto de discrição da lei os produtos de cosméticos não estão citados podendo ser confundidos, com produtos de higiene. “O projeto de lei não discrimina quais são os produtos considerados supérfluos, deixando margem para diferentes interpretações do físco e gerando insegurança jurídica, esses produtos podem ser facilmente confundidos com produtos básicos de higiene, como, absorventes, creme dental, sabonete, desodorante, shampoo, protetor solar, entre outros” afirma Oshiro.

Oshiro dá sugestões para arrecadar dinheiro sem aumento de impostos “o governo deveria reduzir seus gastos e contas, assim como faz os empresários e as donas de casa de todo o país em momento de dificuldade” complementa.