23 de abril de 2024
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"Aqui quando chove vira Titanic", diz moradora do Taquaral que já enviou 60 ofícios à Prefeitura

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“Aqui quando chove vira Titanic” são com essas palavras que presidente do bairro Taquaral Bosque, Valdenir Silva Santos, descreve a realidade dos moradores em dias de chuva.

Valdenir que mora no Taquaral há 19 anos conta que desde fundação do bairro esse problema acontece e que antes dela outros presidentes de bairro e muitos moradores já buscaram ajuda na Prefeitura de Campo Grande, porém, nunca foram atendidos.

A presidente do bairro se diz desesperada e cansada dos prejuízos financeiros que já sofreu. “Só de móveis que molharam com inundação eu perdi uns R$ 9 mil somando com que gastei para fazer essa rampa na minha para frear um pouco água já passa de R$ 10 mil”.

Segundo ela, o bairro está localizado em região baixa em relação aos vizinhos e quando chove água escorre e cria-se verdadeira lagoa no Taquaral, em especial na Rua Simões, onde ela mora. Valdenir diz que está sem esperança, pois somente este ano protocolou 60 ofícios na Prefeitura da Capital, mas não teve resposta de nenhum.

“Aqui não tem boca de lobo, o asfalto é precário, mas eles cobram taxa de asfalto de todo mundo aqui, e nunca nenhum dos meus ofícios foi sequer respondido, não sei mais para onde recorrer. Em dias de chuva quando mães e pais voltam com crianças da escola, eles têm de ficar na escola, a água passa da altura do joelho é só ver as marcas nos muros das casas”.

Valdenir conta que única alternativa que encontrou para barrar entrada da água em sua residência construiu rampa de elevação de quase um metro de altura, o que a impede de guardar carro na garagem. “Foi único jeito, não aguentava mais perder móveis e ficar no meio de tanta água”, desabafa.

Segundo ela, depois de terminada chuva, toda água que fica parada na rua Simões, por exemplo, leva cerca de 40 minutos para escorrer.