24 de abril de 2024
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Bancários protestam contra extinção de agências do Banco do Brasil

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O Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região fizeram um protesto na manhã desta quarta-feira (20) contra o fechamento de duas importantes agências bancárias: uma no bairro Moreninhas e outra na avenida Mascarenhas de Moraes. A manifestação ocorreu em frente à agência da Mascarenhas de Moraes.

Segundo o presidente do sindicato, Edvaldo Franco Barros, o banco não está pensado nos correntistas e na população em geral que precisam dos serviços. “Agora, essas pessoas precisam se deslocar para um local mais distante para terem esse atendimento presencial”, comenta.

O aposentado Célio Batista da Silva é correntista da filial da avenida Mascarenhas de Moraes e afirma que o fechamento da agência vai complicar a vida dele: “Vai me causar um transtorno, todos os meses vou precisar me deslocar para receber a minha aposentadoria. Isso é um desrespeito com o cidadão e cliente do banco”, afirma o aposentado.

De acordo com o diretor jurídico do sindicato e funcionário do Banco do Brasil, Orlando Almeida,  o banco arbitrariamente decidiu extinguir as agências levando em consideração somente a lucratividade. Só no ano de 2015, o Banco do Brasil teve um lucro de quase R$ 15 bilhões. “É dever dos bancos, que acumulam lucros exorbitantes, prestar serviços de qualidade à população. Os bancos postais ou correspondentes bancários não representam o conforto e a segurança que uma agência bancária pode oferecer aos clientes”.

No caso das Moreninhas, que impacta uma população de 22 mil habitantes, os cerca de quatro mil correntistas serão atendidos pela agência da Cidade Morena, que fica a cerca de 10 km do bairro. A preocupação do sindicato também é com a economia local, que têm um comércio próprio e forte. Há cinco anos, a agência do Banco do Brasil nas Moreninhas foi uma conquista para fomentar o micro e pequeno negócio e assim, gerar emprego e renda na região.

Sem falar da falta de atendimento a população, o fechamento dessas agências  pode gerar demissões de terceirizados e também transtornos aos funcionários que serão realocados para outras agências. Para tentar evitar essa situação, o sindicato já se reuniu com a superintendência do Banco do Brasil, que se mostrou irredutível dessa decisão.