19 de abril de 2024
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CINEMA

Filme mostra trajeto das araras que migram do Pantanal para a Capital de MS

O Projeto prevê ainda a criação do Circuito das Araras, um roteiro turístico em Campo Grande

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O curta-metragem intitulado ‘Olhar das Araras’ das diretoras as diretoras Lú Bigatão e Rosiney Bigatão quer mostrar o trajeto realizado pelos bichos que deixam o Pantanal migrando para a Capital de MS. O projeto conta com a parceria do Instituto Arara Azul e foi contemplado no Fundo Municipal de Cultura/2019 (FMIC/Sectur/Prefeitura de Campo Grande). 

De acordo com as realizadoras, o filme é híbrido, mesclando ficção e documentário. As equipes de filmagens estão distribuídas durante essa semana em pontos da cidade morena para captar os comportamentos das aves e desvendar quais locais elas mais costumam estar. Elas ainda dizem querer estimular com o filme a prática de observação das aves.  “Despertar o amor e o interesse da população para a preservação da espécie”, destacam.   

Após as gravações na cidade, produção e diretores devem ir ao Pantanal. 

A expectativa, segundo as idealizadoras, é concluir todo o processo de produção, sonorização, pesquisa e edição até fevereiro de 2021.  

O Projeto prevê ainda a criação do Circuito das Araras, um roteiro turístico em Campo Grande, identificando os lugares mais frequentados pelas aves, criando um roteiro onde moradores e turistas possam percorrer para observá-las, de carro, a pé ou de bicicleta.

“Estima-se que mais de 700 araras circulem pela área urbana do município.

Tem turista que vem para Campo Grande para observar as araras, segundo pesquisadores. Temos monumento das aves, com três esculturas gigantes, na Praça das Araras. Tem até uma espécie própria de arara, que só pode ser vista em Campo Grande - a arara híbrida, resultado do cruzamento entre a arara vermelha e a Canindé, espécies mais frequentes na cidade”, explicam. 

O filme aborda ainda questões complexas como o desmatamento e as queimadas que as deixam as aves sem morada. “A proposta é criar um olhar subjetivo, tudo retratado de maneira poética, onde o espectador possa se colocar no lugar da ave e entender sua relação com o ambiente”, finalizam.