23 de abril de 2024
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Mesmo com fim da greve, vereadoras acreditam que luta por reajuste continua

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As vereadoras da Câmara Municipal de Campo Grande Luiza Ribeiro (PPS) e Thais Helena (PT) que pertencem à oposição do prefeito de Campo Grande Gilmar Olarte (PP) na Casa de Leis estão do lado dos professores com a decisão do fim da greve na manhã de hoje. Segundo as legisladoras os professores voltarão a trabalhar, mas não irão desistir de lutar por seus direitos.

A vereadora Luiza Ribeiro contou para a reportagem do MS Notícias que já foi sindicalista e sabe que em algum momento tem que recuar e ceder em um dos lados, mas para Luiza isso não significa que a categoria desistiu de lutar pelo direito conquistado em 2013.

“Isso não significa que eles desistiram do que é de direito da categoria. Eles apenas suspenderam umas das estratégias que era a greve como instrumento da pressão. Mas, a pressão irá continuar de outra forma”.

Segundo a vereadora, a pressão irá continuar na Câmara dos Vereadores. “O Mario Cesar ficou de falar em nome de todos os vereadores com o prefeito para ele retirar a ação que ele entrou contra os professores. Isso foi uma afronta à categoria e à Câmara. O Mario também vai pedir para ele analisar a proposta feita pela categoria que divida o pagamento em quatro vezes p terminar em fevereiro”.

Para Thais Helena, os professores só estão cumprindo com a ordem judicial em que a Justiça decretou que a categoria retornasse com as aulas sob pena de multa. Além disso, a vereadora afirma que os educadores enxergaram que com o Executivo não existe diálogo.

“Mesmo com a greve, o prefeito não estabeleceu nenhum diálogo com os professores. Então eles retornaram para a sala de aula aguardando que o prefeito faça essa contraproposta. Enquanto eles estavam em greve, os professores viram que o diálogo, o respeito, o encaminhamento de resolver essa questão não está sendo feito por parte do Executivo”.

Thais Helena espera que o prefeito resolva essa questão o quanto antes e lamenta que a situação em que chegou o acordo do reajuste de 8,46% aprovado pela lei municipal nº 5.189/2013, que prevê a integralização do piso municipal ao nacional por carga horária de 20 horas.

“Eu esperava por parte do Chefe do Executivo que não fala só em nome de Gilmar Olarte, mas em nome de Campo Grande respeito com os professores. E ele não teve isso. ele desrespeitou os professores. É lamentável que chegou nesse nível. Um nível em que os professores viram a forma em que o prefeito estava conduzindo a situação e tiveram que recuar de certa maneira”.

Tanto Luiza Ribeiro quanto Thais Helena terminaram a conversa com a reportagem do MS Notícias pedindo para que o prefeito cumpra com a Lei e pague o quanto antes o que é de direito do professores.

Karla Machado