A atual secretária municipal de infraestrutura, transporte e habitação, Kátia Castilho, tem demonstrado dificuldade em dar continuidade às obras da Seinthra (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação). Desde que assumiu em agosto deste ano, Kátia não conseguiu entregar nenhum obra, e mais, seja por falta de experiência ou dificuldade em administrar o dia a dia da pasta, obras que estavam em andamento começaram a atrasar também.
A lista é enorme, são mais de 13 Ceinfs (Centro de Educação Infantil), aproximadamente 11 trechos de ruas que deveriam já ter sido asfaltadas, UPAs (Unidade de Pronto Atendimento), e tudo isso começa a trazer prejuízos para os cofres públicos, que,segundo próprio prefeito está vazio. No entanto, parece que a secretária não entendeu ou não deu a devida importância às dificuldades econômicas financeiras do município. Semana passada, por exemplo, Kátia solicitou a abertura de processo de licitação para contratar uma empresa privada de consultoria para elaboração de estudos em 12 regiões da Capital sobre drenagem de águas pluviais e controle de inundação.
Este trabalho, até então, era e deveria continuar sendo realizado pela Seinthra (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação). Com a contratação a prefeitura terá novos gastos, o que não condiz com atual conjuntura do município, que, segundo prefeito, está sem dinheiro em caixa. No entanto, a nova secretária Kátia Castilho, que assumiu depois do pedido de exoneração de Semy Ferraz, optou pela contratação de terceirizadas ao invés de usar técnicos da secretaria, o que reduziria custos. Não se sabe quais os motivos desta escolha, se foi para "facilitar", se foi por nao ter condições técnicas de coordenar este trabalho, mas é sabido que a escolha é prejudicial.
Ontem, foi publicado no Diário Oficial de Campo Grande, dois termos de prorrogação de contrato. Um com a empresa Engepar Engenharia Ltda, que foi aditivado em R$ 184.566,62. Outro contrato que foi aditivado e o prazo prorrogado por mais 180 dias, é referente à obra da UPA Leblon, que também já deveria ter sido entregue.
Além de trazer prejuízos para população da região, que sofre sem acesso a atendimento ,médico com ausência da UPA, o atraso na obra gera ônus financeiro, que só agrava a atual situação do município. O prefeito de Campo Grande Gilmar Olarte (PP), que deveria tomar medidas mais enérgicas contra esse desperdício de dinheiro público demonstra indiferença. Prova disso são os recentes acontecimentos, IPTU (Imposto Territorial Predial Urbano) reajustado em 18%. tarifa de ônibus a R$ 2,99, e greve dos professores da Reme (Rede Municipal de Ensino), que estão desde outubro sem receber o valor do reajuste salarial aprovado por lei em 2013 cujo teor Olarte já sabia desde que assumiu a prefeitura.
Olarte, mesmo diante deste panorama de crise financeira, obras atrasadas, insiste em manter secretários, como é o caso de Kátia, despreparados para cumprir a função para qual foram designados. Em três meses, a Setinhra, sob comando de Kátia, não entregou obras, atrasou outras que estavam em andamento e contratou serviços terceirizados que poderiam ser executados pela equipe da pasta, e tudo isso tem trazido prejuízo para o cidadão, para o contribuinte, que paga seu imposto, mas não recebe o retorno do dinheiro.
O descaso do prefeito se tornou evidente na última sexta-feira, quando ele se negou a conversar com professores e preferiu a um programa de televisão dizer que os educadores já são bem pagos. Olarte já começou a sentir as consequências. Em pesquisa do instituto Ipems (Instituto de Pesquisa de Mato Grosso do Sul), o prefeito caso se candidatasse à reeleição não conseguiria nem 4% de votos, e a rejeição a Olarte é de 30,11%.
Heloísa Lazarini