A Prefeitura de Campo Grande ingressou hoje no Tribunal de Justiça uma ação declaratória preventiva para evitar a greve dos 1,4 mil médicos da rede municipal prevista para iniciar amanhã.

Ontem, o prefeito Gilmar Olarte já havia antecipado que entraria na justiça e que aplicaria punições aos grevistas se necessário.

O procurador geral do Município, Fábio Castro Leandro, explicou que a ação é preventiva e caso liminar seja concedida antes das 8h de amanhã, a tentativa dos médicos de realizar greve será frustrada. 

A Prefeitura alega que a greve irá prejudicar a população, pois será mantido apenas o atendimento emergencial nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e nos CRSs (Centro Regional de Saúde), e alega que o salário real dos médicos ultrapassa os R$ 2800 como tem sido afirmado pela categoria. 

Segundo secretário de administração, Wilson do Prado, a maioria dos médicos, somando rendimentos de plantões e gratificações, que são pagos com verbas carimbadas do Ministério da Saúde, recebe R$ 15 mil. 

A reportagem conversou com secretário municipal de saúde Jamal Salém que confirmou as informações de Wilson. Segundo Jamal, são várias tabelas, e existem médicos que chegam a ganhar até R$ 30 mil. Caso a greve seja mantida, o secretário informou que não haverá nenhuma contratação emergencial, ou seja, todas as unidades de saúde do município funcionarão apenas para atender casos de emergência e urgência. 

Segundo Sinmed (Sindicato dos Médicos de Campo Grande), como a entidade não foi notificada oficialmente e não há decisão, a paralisação programada para ter início amanhã às 8h está mantida.