23 de abril de 2024
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Inundações e Dengue

Prefeito dá prioridade para investimentos estruturais

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Embora não deixe de garantir atenção e providências para demandas sociais de urgência – como as enchentes e a infestação de mosquitos transmissores da dengue e chikungunia -, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) concentra-se cada vez mais na busca de respostas definitivas para problemas desse tipo. Em vez de soluções ou medidas paliativas, de efeito provisório, Marquinhos prioriza o trabalho de sua equipe na adoção de práticas efetivas e sistematizadas, elaborando projetos para buscar recursos federais e investir em obras com a perspectiva de durabilidade.

            Nas últimas semanas Campo Grande vem sofrendo duras provações com a ocorrência de tempestades que causaram transtornos de grande monta às pessoas, ao patrimônio e às estruturas urbanas. Além disso, as chuvas e o comportamento de parte da população prejudicam os cuidados preventivos que a administração vem tomando desde o início do mandato para a profilaxia de doenças transmissíveis e epidêmicas, como a dengue.

            AGUACEIRO – Nesta semana várias ruas, casas e logradouros em diferentes pontos da cidade foram violentamente castigados por fortes chuvas. No centro e nos bairros as inundações provocaram contratempos, principalmente prejuízos materiais e muita gente teve que ser socorrida ou pelas equipes do Corpo de Bombeiros ou nas unidades de saúde. Para garimpar recursos federais, o prefeito havia agendado audiências em Brasília na segunda-feira, mas recompôs o planejamento que levaria às autoridades federais e remarcou  essa atividade, agora com novas reivindicações.

            Uma das audiências foi carimbada para o gabinete do ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, em busca de apoio financeiro para investimentos em drenagem e recapeamento. Também no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Marquinhos Trad tem um encontro para pleitear empréstimos destinados a obras de infraestrutura para obras como as de prevenção e controle de enchentes.

No curso dessas agendas o prefeito fará seu rotineiro périplo pelos gabinetes dos congressistas de Mato Grosso do Sul, aproveitando as boas relações que construiu com os oito deputados federais e três senadores. Todos já se comprometeram a canalizar para a capital investimentos que podem ser obtidos mediante emendas parlamentares e ações de mandato junto aos ministérios e outros órgãos federais.

Em princípio, Marquinhos Trad calcula que para essa empreitada específica de garantir obras emergenciais e continuação de ações estruturais que vem fazendo na cidade sejam necessários, no mínimo, R$ 125 milhões. Só para atacar a questão das enchentes o caixa precisaria de ao menos R$ 80 milhões. A intenção é substituir todo o sistema de drenagem, mas há anos o Município encontra dificuldades para ampliar e potencializar sua capacidade de endividamento em operações de empréstimo. "Todas as vezes que apresentamos os projetos em órgãos como BNDES, a proposta foi negada porque Campo Grande não estava em condições de se endividar", disse.

A PARTE DO POVO – Com toda sua equipe e especialmente com os secretários de Saúde, Marcelo Vilela, e de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, o prefeito capricha nas intervenções preventivas para afastar a ameaça de uma nova epidemia de dengue. Nos últimos dias, aumentou o número de registros da dengue tipo 2, a hemorrágica, e um óbito está sendo analisado para a Prefeitura saber se foi causada ou não por essa doença.

Marquinhos Trad reforçou as equipes, a frota e a aparelhagem utilizada no combate aos focos do aedes aegypti. No entanto, todo esse trabalho fica comprometido por causa de algumas pessoas que não se preocupam ou não se interessam em fazer sua parte na adoção de medidas preventivas, como a limpeza doméstica e o descarte de recipientes que possam acumular água, ambiente propício para a procriação do mosquito.

Mesmo com a situação de emergência reconhecida pelo poder publico, o desleixo e a irresponsabilidade de uma minoria afeta o esforço coletivo que é feito em conjunto pelas autoridades sanitárias e a maioria da população. Muita gente continua jogando lixo em terrenos baldios, não faz a coleta seletiva, coleciona pneus e garrafas no quintal e deixa o meio fio acumulando água parada. Para reduzir o risco iminente de epidemia, Marquinhos Trad reforçou o trabalho preventivo. Na necessidade, determinou a utilização de profissionais das unidades que estiveram com uma demanda muito grande para dar mais celeridade ao atendimento corroborando com os protocolos clínicos e fluxogramas pré-definidos, previsto dentro do Plano de Contingência elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).