24 de abril de 2024
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Prefeitura nega falta de medicamento, mas vai apurar morte de gestante

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A Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande vai abrir uma sindicância para apurar a morte da gestante Rosângela Alves da Cunha, 35 anos, que veio a óbito após passar por complicações durante uma cesariana realizada por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O caso aconteceu na madrugada desta quinta-feira (4) no bairro Coronel Antonino.

De acordo com a assessoria da secretaria, todas as mortes ocorridas na Capital passam por sindicância, o que é considerado normal. O corpo de Rosângela foi encaminhado para o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) e a Prefeitura aguarda os resultados para dar continuidade à sindicância. 

O laudo deve sair nos próximos 40 dias, após isso a secretaria tem até 30 dias para apresentar o relatório da causas da morte. Ainda conforme a secretaria, um levantamento do histórico da vida da gestante será feito e também será analisado o último atendimento realizado pela equipe do Samu.

Conforme familiares de Rosângela, ela teria de tomar quatro injeções de Benzetacil durante gestação, mas, apenas teria tomado duas doses porque o medicamento estava em falta na unidade de saúde. A gestante estava de 37 semanas.

Resposta

A Prefeitura negou a falta de medicamentos na rede pública e informou que remédios de emergência foram comprados em dezembro, mas admitiu que faltam ainda 10% para completar estoque de medicamentos nas unidades de saúde. 

Em dezembro, o MS Notícias publicou matérias informando a falta de medicamentos nos postos da Capital. A maioria dos remédios em faltas era para pacientes com tratamentos crônicos, gestantes, hipertensos e diabéticos. Na época a informação repassada para o Conselho de Saúde é que a falta de medicação foi causada por problemas em licitação.