25 de abril de 2024
Campo Grande 31ºC

Se ‘pacote de obras" da Prefeitura sair do papel, Capital será um canteiro

Talvez a Seintrha tenha apresentado um programa de trabalho que não vá cumprir, e nada mudaria em serviços (não) oferecidos, mas se pode perceber que a Superintendência de Comunicação se profissionalizou.

A- A+

Com um excelente trabalho de apresentação de projetos, elaborado pela nova e profissional equipe de comunicação da Prefeitura de Campo Grande, o secretário de Infraestrutura, transporte e Habitação (Seintrha), Valtemir Alves de Brito reuniu-se com os membros da Comissão Permanente de Obras e Serviços Públicos da Câmara de Vereadores para expor o programa de obras de infraestrutura nas áreas de saúde, Educação e mobilidade urbana.

 De acordo com o presidente da Comissão, as obras estão paradas por diversos motivos como encerramento de atividades das empreiteiras contratadas, atrasos nos repasses de pagamentos, desistência das empresas que venceram o processo licitatório e outros.

“Existem obras que ficaram paradas e hoje, para retomar os trabalhos, os contratos terão que ser reavaliados porque os custos mudaram durante este período. Dessa forma, nenhuma empreiteira vai querer prosseguir com as obras”, disse Carlão.

Obras

O programa apresentado especifica que na Saúde, serão concluídas ainda em 2015 as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) das Moreninhas, Jardim Leblon e Santa Mônica; e as Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) dos Bairros Zé Pereira, Conjunto Azaléia, Oliveira, Presidente, Paradiso, Ana Maria do Couto, Vila Cox, Sírio Libânes, com investimento total de R$ 13,8 milhões para os que serão construídos (com financiamento federal de 35%, e 65% de contrapartida do município), e de R$ 5,4 milhões para a reforma (com participação federal de 27% e contrapartida municipal de 73%). Para mobiliário e/ou equipamento, o investimento será de R$ 5,5 milhões, sendo que 45% é a parte do município e o restante em dotação do governo Federal, e o gasto com pessoal está estimado em R$ 2,9 milhões que será quase integralmente pago pela Prefeitura (91%).

Para a educação, além dos Centros de Educação Infantil (Ceinfs) de Betaville, Varandas do Campo, Moreninha IV, Oiti, Santa Emília e Vida Nova, que foram entregues em 2014, o programa prevê que serão concluídos, ainda em 2015 aqueles que estão em andamento ou paralisados:  Moema – Noroeste – Talismã – São Conrado – Serraville – Moreninha II – Naschville – Colorado  -Zé Pereira – Anache – Inápolis – Centenário – Nascente Segredo – Oliveira III – Popular – Radialista – Vespasiano Martins – Vila Nasser – Tijuca II.

Valtemir  apresentou os gráficos de entrega de Ceinfs nos últimos anos, e aponta que entre 1997/2004 foram construídas 3 unidades; entre 2005 e 2012 apenas 2 unidades, não foi informado o ano de 2013, referente ao período da gestão de Alcides Bernal; já em 2014 foram 6 unidades e a previsão para 2015 é da entrega de 9 unidades e mais 10 unidades em 2016.

Em relação à infraestrutura da mobilidade urbana, o secretário apresentou o cronograma de obras resumido, que por meio do PAC 2 permitiu a pavimentação asfáltica de 92 km e 35 km de drenagem que estão sendo concluídas na Mata do Jacinto, Altos do São Francisco, Portal do Panamá, Belinatte, Atlântico Sul e Sírio Libanês.

Para a segunda etapa, serão beneficiados os bairros da Vila Nasser, Anache, José Tavares, Nova Lima e Nova Campo Grande, onde serão pavimentados 155 km, recapeados 20 km e feita a drenagem em 50 km.

Demais projetos

O secretário informou aos vereadores que está em fase de liberação os R$ 3 milhões que serão usados no pagamento da desapropriação e conclusão das obras do complexo Bálsamo, e que o Macroanel depende de finalizar as negociações para a desapropriação de área da Embrapa para a conclusão.

A licitação do Parque Anhanduí abrangerá todo o trecho, seguindo o projeto que existe desde 2007 e já estão sendo elaboradas as licitações das obras do PAC Mobilidade para o primeiro trecho, que abrange a Rua Guia Lopes, Avenidas Brilhante, Bandeirantes e Marechal Deodoro. Para o recapeamento, estão em andamento os acordos de liberação de R$ 70 milhões, e para o programa de combate às enchentes, que implicam investimentos de R$ 270 milhões, e beneficiarão cinco bacias hidrográficas, do Imbirussu, Segredo, Prosa, Bandeira e Lagoa.

A Comissão Permanente de Obras, segundo confirmou o seu presidente, vereador Carlão, acompanhará de perto a execução e o cronograma de obras, evitando que torne a ocorrer mais prejuízo aos cofres públicos por obras inacabadas.