19 de abril de 2024
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Famílias removidas da Cidade de Deus tentam levar vida normal em meio à lama e barracos improvisados

Imagine você e sua família usando o mesmo banheiro, durante um final de semana inteiro sem descargas e limpeza. Pois é, essa foi situação que moradores que foram removidos da favela Cidade de Deus para o bairro Vespasiano Martins vivenciaram no último final de semana na Capital.

O MS Notícias visitou nesta segunda-feira (14) o terreno onde se encontram as famílias removidas e a situação por lá, não é nada boa.

No local foram construídas valas para o escoamento da água da chuva. Segundo o responsável pelas obras no local, Sergio Podra, o plano da equipe da prefeitura é inicialmente abaixar o nível da rua para que a água da chuva não invada os barracos construídos.

Porém, segundo moradores do local a vala feita pela prefeitura não conseguirá impedir a água de avançar para os barracos. Prenda Lili, 44 anos, disse que a situação no local está muito difícil, porque quando chove o lugar se transforma numa lagoa. Além disso, aproximadamente 37 famílias estão sendo obrigadas a dividir quatro banheiros químicos disponibilizados pela prefeitura, e segundo ela não houve nenhuma limpeza durante o final de semana inteiro nesses banheiros.


Fazendo a conta, se cada uma das aproximadamente 37 famílias tiver em médias três pessoas e cada uma delas usar o banheiro quatro vezes por dia, dá o total de 444 vezes em um dia, num final de semana inteiro são 888 idas ao banheiro, sem limpeza.

Lili explica que na semana passada a prefeitura distribuiu uma apostila sobre como funcionará o processo de construção das casas prometidas pelo prefeito Alcides Bernal. Segundo ela, a promessa inicial é de que as casas fiquem prontas em 90 dias. Ela e os demais moradores da região tomam banho em chuveiros improvisados no lado de fora de seus barracos.

Arielly da Silva é uma das primeiras moradoras a ter o terreno demarcado para a construção do alicerce da futura casa. Segundo ela desde a semana passada foi feita a marcação, mas até o momento ninguém da prefeitura informou quando irão iniciar o serviço de construção. Ela também reclama do mau cheiro dos banheiros químicos que ficam localizados em frente ao seu barraco.

 

 

E o Bernal?

De acordo com o prefeito Alcides Bernal a situação das famílias que hoje se encontram no Bairro Vespasiano Martins é boa. “Alguém que estava morando numa condição tão insalubre, sob um teto de lata, outros lona, sobre solo úmido ao lado de uma montanha de lixo, e está sendo transferido para um local que vai ser dele, onde vai ter a construção de uma casa de alvenaria, eu creio que é uma mudança para melhor. Não se esqueça que estamos fazendo, da forma que está sendo feita, porque existe uma ordem judicial para isso”. Bernal afirma que dentro de no máximo 55 dias a situação no local estará bem melhor.

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