O Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais de Mato Grosso do Sul (Sindsep-MS), entidade que representa 22 órgãos públicos no Estado, além de outros entidades sindicais, realiza amanhã, na Capital, a partir das 8h, uma manifestação em frente ao Ministério do Trabalho e Emprego, na rua 13 de Maio, como parte das mobilizações nacionais do lançamento da Campanha Salarial de 2016 dos federais.
O ato visa pressionar o Governo quanto às promessas feitas durante a campanha eleitoral quando a então candidata Dilma Rousseff, se comprometeu em cumprir uma agenda propositiva em defesa dos serviços e dos servidores públicos.
Segundo o diretor do Sindsep MS, Marcos Alves, a manifestação atende ao chamado feito pela Confederação Nacional dos Servidores Públicos Federais (Condsef), entidade que representa quase dois milhões de trabalhadores e deve acontecer nas capitais brasileiras.
“Segundo um estudo realizado pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), desde 2010, a grande maioria dos servidores públicos federais (exceto os do alto escalão) perderam 27,3 % do seu poder aquisitivo, além das perdas salariais na faixa de 30% para àqueles que se aposentam por tempo de serviço”, explicou.
Marcos disse que na manifestação serão distribuídas bananas e abacaxi, pois é isso que o governo federal tem dado aos trabalhadores. Os servidores federais tiveram a perda de 30% do seu salário e as gratificações, quando se aposentam, o adicional por tempo de serviço (quinquênio ou anuênio), não tem mais desde 1999 e também estão querendo tirar o direito constitucional de greve.
De acordo com o Diretor de Comunicação e Imprensa do Sindsep-MS, Mário Nei Alves, essa primeira manifestação é apenas o ponta pé inicial de outras mobilizações nacionais que devem acontecer no começo de março caso o Ministério do Planejamento não abra rapidamente a via do diálogo.
“Não aceitamos mais a desculpa da crise e da falta de dinheiro. Para aumentar o salário deles sempre há, mas para nós, da base do serviço público federal sobram apenas o ônus”, afirma.
Segundo ele, todo mundo acha que os servidores públicos ganham muito e trabalham pouco. “É preciso desmistificar isso. Uma das únicas vantagens com relação ao setor privado que temos é a estabilidade do emprego, fora isso não temos direito ao Fundo de Garantia, a data-base e até o direito de greve, estão tentando nos tirar”, revela.
Segue abaixo a pauta de reinvindicações dos servidores públicos federais:
-Queremos a abertura imediata do diálogo com o Governo Federal.
-Queremos a reposição da perda salarial de 27,3% acumulada desde 2010.
-Queremos uma data-base para o 1ª de Maio.
-Queremos a paridade entre Ativos e Aposentados/Pensionistas.
-Queremos o fim das distorções salariais.
-Defendemos o Direito Sagrado de Greve.
-Defendemos o fim do Fator Previdenciário.
-Defendemos um Serviço Público de Qualidade à população brasileira.
-Somos contra a Terceirização e o sucateamento dos Serviços Públicos.
-Somos contra a criação do SUT e do desmantelamento do MTE.
-Repudiamos a morosidade da justiça nos processos que envolvem os servidores federais.
-Repudiamos a Impunidade dos políticos envolvidos nos escândalos de corrupção.