19 de abril de 2024
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Polícia esclarece roubo a banco e prende 7 acusados do crime

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  O Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), apresentou na manhã de ontem, o resultado da “Operação Antônio João”, realizada na semana passada, em conjunto com a Polícia Federal, Polícia Civil de Ponta Porã e Polícia Paraguaia, que resultou na prisão de 7 integrantes da associação criminosa acusada de invadir no último dia 30 de dezembro, o quartel da Polícia Militar em Antônio João, render policiais roubar armas, munições e em seguida explodir e roubar o dinheiro do cofre de uma agência bancária do município. Estão presos no Garras em Campo Grande e foram apresentados a imprensa José Rodrigo Halke Domingues, 28 anos, Valdecy José de Araújo, 47 anos, Fábio Rodrigues de Miranda, 32 anos, Bruno Alberto de Souza, 21 anos e Ronaldo Almeida Cardoso, 46 anos. Os cinco são acusados de fazer parte da associação criminosa com pelo menos 13 integrantes, que armados com fuzis e pistolas praticaram os roubos em Antônio João. Também estão presos em Antônio João o cabo da PM Márcio Rodrigues, na Polícia Federal de Ponta Porã Mauri Nunes da Costa, vulgo “Poconé” e no Paraguai Antolin Gaona Zayas, investigador da Polícia Nacional Paraguaia, acusado de ser o responsável pelo gerenciamento da associação criminosa. Dinâmica do Crime De acordo com o delegado Dr. Alberto Vieira Rossi, titular do Garras, após praticar o crime os assaltantes fugiram, jogando na rodovia os chamados “cravos”, para estourar pneus das viaturas da polícia, danificando também veículos particulares que passavam pelo local. Equipes de polícia foram enviadas para a região para trabalhar no caso. Na segunda-feira passada, (02), a Polícia Federal de Ponta Porã prendeu Mauri Nunes da Costa, acusado do roubo a banco ocorrido em 2012 na cidade de Aral Moreira, que já vinha sendo investigado. “Em entrevista aos policiais, ele acabou confessando o crime”, diz o delegado Rossi, que imediatamente representou pela prisão temporária do suspeito, que foi decretada pela justiça. José Rodrigo e Valdecy José foram presos na quinta-feira passada (05), durante uma ação conjunta realizada pelo Garras, Polícia Federal, Polícia Civil de Ponta Porã, Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira) e DOF (Departamento de Fronteira). Valdeci tinha em aberto mais de 14 mandados de prisão expedidos pela justiça paulista, onde é acusado de roubo a banco e a carros de transporte de valores. Nas diligências seguintes, comandadas pelo delegado Dr. Márcio Shiro Obara, do GARRAS, foram presos Fábio Wilhams Rodrigues, acusado de participar diretamente dos roubos de Antônio João, que seria o responsável pela guarda de parte do armamento da associação criminosa. Com ele os policiais apreenderam duas pistolas 9 milímetros e também uma carabina, calibre 44. “Há suspeitas que o Fábio tenha participado também do roubo a banco ocorrido em Aral Moreira”, explica o delegado Obara. Bruno Alberto foi preso durante abordagem policial, quando dirigia um Fiat Uno, cor vermelha com placas do Paraguai, sendo também autuado pelos roubos. E a última prisão foi a de Ronaldo Almeida, que cumpria pena em regime semiaberto na cidade de Ponta Porã e que também teve participação nos crimes. Também durante as investigações foi comprovada a participação nos roubos, do cabo da PM, Márcio Rodrigues, lotado no Batalhão da PM de Antônio João, acusado de repassar informações privilegiadas para a quadrilha, “tendo inclusive participado de reuniões para o planejamento da ação criminosa, que aconteceram na casa de Mauri Nunes e de outros integrantes da associação criminosa. Foi possível ainda segundo Dr. Rossi, identificar alguns integrantes da quadrilha que são de origem paraguaia, sendo um deles integrante da Polícia Nacional Paraguaia. “Por isso, foi necessário realizar intercâmbio com a SENAD/PY, via Polícia Federal, para dar continuidade às diligências no país vizinho, que resultou na prisão do policial e de um sobrinho dele conhecido por Paplito, que também participou diretamente dos roubos”, explica o delegado. De acordo com os delegados do Garras, o policial Paraguaio era responsável pela guarda do armamento da associação criminosa e das roupas usadas pelos criminosos durante os assaltos. “Durante diligências foram apreendidos com os acusados capuzes, coletes balísticos, rádios transmissores, munições e drogas”, explica Dr. Obara. Pela grande número de pessoas envolvidas na associação criminosa e também pela periculosidade dos acusados, o Garras representou junto a justiça de Ponta Porã, pelo recâmbio dos presos para a Unidade Policial em Campo Grande, para continuidade das investigações.   Anna Gomes com assessoria Polícia Civil