29 de março de 2024
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Lava Jato

Lula é investigado por ter recebido dinheiro de empreiteiras em troca de contratos com Petrobras

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto e mais nove pessoas foram levados pela Polícia Federal para prestar depoimento após ordem de condução coercitiva autorizada pelo juiz Sergio Moro, dentro da 24ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Aletheia.

Segundo informações da Folha de São Paulo, a Polícia Federal chegou à casa do ex-presidente em São Bernardo às 6 horas para levá-lo até sala da Polícia Federal no Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, onde Lula deve prestar depoimento. A suspeita é que Lula tenha recebido vantagens financeiras, por meio da construção e reformas do sítio do ex-presidente em Atibaia e do triplex no Guarujá, de empreiteiras e empresas em troca de contratos com Petrobras que culminaram em desvio de dinheiro da estatal.

Conforme a nota emitida pelo Ministério Público Federal, que investiga o caso, há suspeita que "recebeu valores oriundos do esquema Petrobras por meio da destinação e reforma de um apartamento triplex e de um sítio em Atibaia, da entrega de móveis de luxo nos dois imóveis e da armazenagem de bens por transportadora. Também são apurados pagamentos ao ex-presidente, feitos por empresas investigadas na Lava Jato, a título de supostas doações e palestras." Há também a suspeita de que, entre 2010 e 2014, Lula teria recebido pelo menos R$ 770 mil de José Carlos Bumlai, e que a reforma do tríplex do Guarujá teria sido custeada pela OAS, beneficiada em esquema de corrupção na Petrobras.

Participam da operação cerca de 200 agentes da PF e 30 auditores da Receita Federal cumprem, ao todo, 44 mandados judiciais, sendo 33 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva no Rio de Janeiro, em São Paulo e na Bahia. Há também agentes da PF no Instituto Lula, no bairro Ipiranga, e na Odebrecht, na Marginal Pinheiros.